Pesquisa mostra forma de pagamento mais afetada pelo PIX; resultado surpreende

O PIX, nova solução de pagamentos do Banco Central foi lançado recentemente e já é um sucesso entre os brasileiros. Com o diferencial de operar com transações instantâneas e gratuitas para pessoas físicas, o PIX ameaça outras formas de pagamento como o TED e o DOC. Porém o dinheiro físico e o boleto bancário serão os mais atingidos com a adesão em massa da solução do BC.

Pesquisa mostra forma de pagamento mais afetada pelo PIX; resultado surpreende (Imagem: Google)

A ameaça ao dinheiro físico e ao boleto bancário, foi revelada em uma pesquisa inédita feita pela área de Inteligência de Mercado da Globo.

O PIX deve substituir os seguintes meios de pagamento, em ordem decrescente de menções: boleto bancário (54%), dinheiro (53%), cartão de crédito (49%) e cartão de débito (39%).

A preferência de uso do PIX frente ao boleto bancário representa um potencial crescimento nas vendas para os varejistas, já que o boleto é conhecido por possuir um alto nível de desistência pelos compradores: o consumir finaliza a compra, mas acaba desistindo de pagar o boleto abrindo mão do serviço ou produto.

“Como o Pix conclui na hora a transação, o consumidor se compromete com a compra”, diz Gabriel Nobrega, head de Estratégia para o setor financeiro dessa divisão da Globo.

A pesquisa mostrou também uma outra estratégia que pode ser utilizada pelos varejistas através do uso do PIX. A instantaneidade da solução de pagamentos pode ser uma forma de atrair os compradores, especialmente nas lojas físicas de varejo em que a espera pode levar a desistência da compra.

Isso se confirma quando a pesquisa aponta que 82% dos entrevistados avaliam o tamanho e a rapidez das filas como um fator importante em suas compras em lojas físicas. E 78% disseram já ter desistido de uma compra ou escolhido outra loja por conta do tamanho da fila.

“O Pix pode ser a solução para acelerar o tempo do check out (pagamento). Por exemplo, por meio de QR Code em uma mesa de restaurante, em que as pessoas usam o celular para ler o código e pagam quase que simultaneamente”, disse Nóbrega.

A pesquisa relevou também que 6 em cada 10 brasileiros tem abertura para experimentar novas tecnologias em serviços bancários e formas de pagamento.

 

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.