Governo avalia a possibilidade de antecipação de benefícios trabalhistas e previdenciários. Ainda sem uma solução em substituição ao auxílio emergencial, o Ministério da Economia planeja adiantar o pagamento do abono salarial e do 13º salário do INSS como forma de minimizar os impactos do covid-19 em 2021.
O fim do ano está cada vez mais próximo e assim parte significativa da população brasileira deverá deixar de receber o auxílio emergencial. Com isso, o governo precisará encontrar uma nova forma de movimentar o PIB, estudando as chances de antecipar o 13º e o abono.
De acordo com fontes administrativas, a ideia é que ambos os benefícios sejam integralmente ofertados ao longo do primeiro semestre. A justificativa é que ao longo desse período a pandemia irá sendo minimizada e de julho em diante haja uma recuperação econômica.
Dessa forma, durante o período mais intenso da crise, trabalhadores e segurados do INSS deverão contar com os próprios benefícios para organizarem suas contas.
No entanto, é válido ressaltar que grande parte dos contemplados do atual auxílio emergencial não se enquadram nas regras de recebimento de ambos os programas.
Estratégias de Paulo Guedes
Segundo o chefe financeiro do governo, o ministro Paulo Guedes, a ideia é que o governo observe as propostas de 2021 antes de anunciar qualquer decisão. Inicialmente ele defende a necessidade de compreender o andamento da economia com o fim do auxílio emergencial. Somente depois disso é que novas propostas deverão ser publicadas.
Segundo Guedes o governo não descarta “ferramentas que temos dentro do teto, completamente dentro do teto, e que, inclusive, usamos antes da PEC de Guerra”.
“Temos capacidade de antecipar benefícios, de diferir arrecadações. Temos várias ferramentas que vão permitir calibrar essa aterrissagem lá na frente”, disse.
Substituto do auxílio emergencial cancelado
Inicialmente a substituição do auxílio emergencial seria feita através de criação de um novo programa social. O governo lançou duas propostas, Renda Brasil e Renda Cidadã, ambas canceladas por falta de orçamento público.
Agora a possibilidade é de que o Bolsa Família seja amplificado para incluir parte dos atuais contemplados no coronavoucher.