Alimentação brasileira cada vez mais cara. Nessa semana, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) publicou uma tabela mostrando os valores da cesta básica em todas as capitais do país. Segundo o levantamento, os produtos ficaram mais caros em 16 das 17 principais cidades. Abaixo, acompanhe a taxação por região.
Em tempos de forte crise econômica intensificada por causa do covid-19, o valor da cesta básica permanece em alta constante. Segundo a análise do Dieese o único local que apresentou uma redução de 1,30% nas cobranças foi Recife, capital de Pernambuco.
Nos demais estados, os produtos de modo geral passaram a ficar ainda mais caros. Em Brasília, o reajuste um dos maiores, ficando 17,05% mais caro. Já em Campo Grande, 13,26%; e Vitória, 9,72% .
Os itens mais caros na hora de fazer as compras, ainda conforme os levantamentos do Dieese, estão sendo o arroz, o óleo de soja, a carne, o tomate e a batata. Em todas as capitais, eles apresentaram uma alta significativa.
O local com a cesta básica mais cara foi a capital do Rio de Janeiro. Ao todo, os produtos estão sendo comercializados por aproximadamente R$ 629. Já o preço mais barato ficou em Aracajú, capital de Sergipe, onde fazer feira custa aproximadamente R$ 451.
Salário mínimo insuficiente
Diante dos aumentos em todos os produtos, o Dieese mostrou que o atual valor do salário mínimo de R$ 1.045 não é o suficiente para sustentar uma família.
Se considerar uma casa com quatro pessoas, para se manter serviços básicos como alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o custo seria de R$ 5.289,53.
Isso mostra que até mesmo para a projeção do piso nacional em 2021 não há um aumento real. A população deverá aplicar uma ordem de prioridades para poder investir sua venda. Na área da saúde também, há elevações nos preços dos planos de saúde diante da existência do covid-19.
De acordo com a estimativa do governo, o piso nacional deverá ser reajustado para R$ 1.088. No entanto, é válido ressaltar que essa quantia ainda pode ser alterada até que se publique a lei orçamentária dos próximos 12 meses.