Os fundos imobiliários (FIIs), investimentos que “fatiam” patrimônios imobiliários entre vários cotistas, se tornaram uma das principais opções para quem busca rentabilidade de longo prazo. Descubra mais detalhes sobre como aumentar o ganho na sua aposentadoria por meio desta modalidade.
Para descobrir a melhor opção de investimento, foi realizado um comparativo, pelo Quantum axis, entre algumas das mais populares aplicações disponíveis de renda fixa e seus indicadores.
Entre as aplicações comparadas, há a poupança, o CDI (Certificado de Depósito Interbancário) e o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), além da renda variável, como a bolsa brasileira.
Mesmo diante dessas opções, o IFIX — indicador usado para medir o comportamento médio da indústria de fundos imobiliários — foi o que teve maior rentabilidade nos últimos dez anos.
Ao utilizar como base uma quantia de R$ 1 milhão, os investidores que aplicassem o montante em fundos imobiliários teriam, em tese, lucro de R$ 1,79 milhão — no período de 2010 a 2020. A valorização, neste caso, seria de 179%.
Em seguida, a opção com melhor rentabilidade neste período seria o CDI, com rendimento de 137% com a mesma aplicação. Estes são os únicos indicadores com rentabilidade acima de 100%.
Logo após, está a poupança, com rendimento projetado de 92% da aplicação. O IPCA, com 67,9% de lucro. Já o Ibovespa (indicador da Bolsa), apresentou variação de 36,5%.
Vale lembrar que os indicadores são gerais. Dependendo da composição da carteira, é possível lucrar mais com cada classe de ativos.
Fundos imobiliários
No entanto, o comparativo reforça a tese de que o investimento em fundos imobiliários ganha cada vez mais relevância na projeção de uma aposentadoria. Isso se deve pela isenção de IR (Imposto de Renda), recebimento de dividendos mensais e valorização das cotas a longo prazo.
O especialista em FIIs e diretor de relação com investidores da gestora TRX, Gabriel Barbosa, afirma que, ao montar uma carteira de longo prazo com baixa volatilidade, os fundos imobiliários ganham cada vez mais vantagens.
Porém, é preciso cuidado ao selecionar os fundos. “Há muitas opções no mercado atualmente, e cada uma delas representa um tipo diferente de imóveis adquiridos. Com a pandemia, vimos o mercado imobiliário reaquecer e muitas mudanças estão em andamento”, relata.
“Prédios corporativos e shoppings centers, que ao longo do tempo sempre tiveram destaque entre os fundos, se tornaram incertezas durante este período de isolamento. Outros segmentos ganharam relevância, como os de logística e de varejo de itens básicos”, ressalta.
Ao escolher um fundo imobiliário para investir, Gabriel destaca um princípio fundamental.
“O investidor deve pensar: qual a probabilidade dos imóveis deste fundo ficarem desocupados? A localização do imóvel ficará mais ou menos valiosa ao longo do tempo? E qual a probabilidade dos aluguéis destes imóveis sofrerem variações, sejam elas positivas ou negativas? São perguntas que ajudam a definir a qualidade de um fundo imobiliário”, pondera.
Comportamento dos brasileiros
O analista Rodrigo Medeiros, especialista em fundos imobiliários, indica que o crescimento de fundos imobiliários no país se deve ao aperfeiçoamento do investidor brasileiro, que busca cada vez mais encontrar formas de rentabilizar seu patrimônio — mesmo em meio às taxas de juros em baixas históricas.
“Os FIIs são um dos poucos ativos que pagam rendimentos mensais aos seus cotistas, o que permite um reinvestimento mês a mês para ampliar a carteira”, aponta.
“Isso permite um crescimento acima da média que os outros investimentos não conseguem proporcionar e gera um impacto positivo muito grande com o passar dos anos, com fortalecimento da carteira e o potencial de valorização dessas cotas em longo prazo”, finaliza.