Alimentação registra valor histórico em todo o mundo. Nessa semana, estudos das Nações Unidas (FAO) mostraram que, pelo sexto mês consecutivo, o preço dos alimentos está em alta. As taxações são as maiores ao longo da última década e acendem um alerta para a economia nacional e internacional.
Com a crise do covid-19, diversos setores passaram a sentir efeitos em seus meios de produção e consumo. Na agricultura, os números não são positivos e mostram que os alimentos estão com valores muito acima da média.
Quem vai adquirir cereais, por exemplo, está pagando 4% a mais do que o mês de outubro. O mesmo se aplica para oleaginosas, laticínios, carnes e açúcar. No caso do óleo vegetal, o comércio vem sendo feito 14,5% mais caro que os meses anteriores.
Nos cereais especificamente o avanço é menos intenso, ficando 2,5% mais alto se comparado com o mês de outubro. Já analisando a partir das vendas em 2019 há um reajuste de 19,9%.
No açúcar o preço foi acrescentado em 3,3% comparado com outubro. Para esse produto, a elevação tem sido registrada em maior parte nas safras da União Europeia, Rússia e Tailândia.
Previsão para 2021
No que diz respeito as projeções para o próximo ano, o cenário também não deverá ser positivo. Há indicativos de que uma redução mínima seja registrada, mas tudo pode variar mediante os efeitos da atual crise econômica em todo o globo.
“Olhando mais adiante, o plantio da safra de trigo de inverno de 2021 no hemisfério norte está em andamento, e as semeaduras em vários dos principais países produtores devem aumentar impulsionadas por preços remuneradores, embora o recente clima seco possa conter a expansão do plantio e prejudicar a produtividade”, disse a FAO.
Cenário nacional
No Brasil, o preço da cesta básica ultrapassou um recorde histórico, sendo o kit comercializado por até R$ 800 em cidades do sudeste. A projeção é que para os próximos meses as tarifas se mantenham, mesmo sem que haja uma revisão com significado real no piso nacional.
De acordo com analistas, o primeiro trimestre, pós auxílio emergencial, será decisivo para entender como funcionará a economia até dezembro de 2021.