13° salário do INSS e abono extra NÃO serão pagos em dezembro; como isso afeta o aposentado?

Os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) não irão receber a segunda parcela do13º salário que é pago no mês de dezembro. É importante lembrar que por causa da pandemia os segurados receberam todo o nos meses de abril e maio.

13° salário do INSS e abono extra NÃO serão pagos em dezembro; como isso afeta o aposentado?
13° salário do INSS e abono extra NÃO serão pagos em dezembro; como isso afeta o aposentado? (Imagem: Andrea Piacquadio/Pexels)

Normalmente, o Instituto paga aos seus aposentados e pensionistas o 13º salário dividido em duas parcelas. A primeira, geralmente é paga em agosto ou setembro e a segunda no mês de dezembro.

Porém, devido à pandemia de Covid-19 as parcelas foram antecipadas para o mês de maio em uma única parcela.

A ação foi permitida pelo governo e assinada pelo presidente da república, Jair Messias Bolsonaro (sem partido) no dia 22 de março. A Medida Provisória 927 teve como intuito injetar recursos na economia brasileira durante a crise causada pelo Coronavírus.

Com isso, muitos segurados se veem em uma situação difícil para enfrentar as despesas extras que surgem com o final do ano, como IPTU, IPVA, renovação de matrícula escolar, entre outros.

Muitos dessas afirmam terem usado todo o valor em remédios, já que o número de contaminados por Covid-19 foi grande.

A aposentada Lucimara de Souza, 51 anos, de Penápolis relatou “A antecipação usei sem perceber. Comprei medicação e, para evitar o transporte público na pandemia, estou pegando Uber”.

A aposentada Regina Kulzar da Silva, 54 anos, do Butantã declarou, “Usei toda a antecipação e a nova margem dos 5% [do consignado] para pagar dívidas com serviços de saúde. Vai ser uma ceia bem simples. Pagando o consignado sobra quase nada”.

Diante desse contexto, os segurados esperavam a decisão do governo sobre o abono extra com grande esperança. Porém, agora com a decisão final do não pagamento a única alternativa é deixar de lado as festividades e trocas de presentes do fim de ano.

Com isso, o país pode enfrentar problemas na economia que, geralmente, é acrescida com as comemorações de Natal e Ano Novo.

A aposentada Sueli de Fátima Bueno, 57 anos, fala em entrevista ao Isto É, sobre a troca de presentes deste ano, “Eu adoro presentear nessa época, mas vamos partir para um amigo ladrão mesmo. Assim dá para se divertir. Está tudo muito caro e sem o 13º, aí que não vai rolar”.

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Glaucia Alves
Formada em Letras-Inglês pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Atuou na área acadêmica durante 8 anos. Em 2020 começou a trabalhar na equipe do FDR, produzindo conteúdo sobre finanças e carreira, onde já acumula anos de pesquisa e experiência.