Benefícios do INSS deverão passar por revisão de valores mediante reajustes no salário mínimo. Nas últimas semanas, muito tem se falado sobre a definição do novo piso nacional. A projeção inicial é que ele fosse acrescentado em R$ 22, sendo a quantia total de R$ 1.067. No entanto, o governo anunciou uma projeção R$ 21 mais alta, com o pagamento em R$ 1.088.
Os pagamentos do INSS são todos feitos com base do piso nacional em vigor. Atualmente, a parcela mínima é de R$ 1.045. Entretanto, com a chegada de um novo ano o salário mínimo precisa ser recalculado e poderá passar a ser de até R$ 1.088.
O governo não decidiu a quantia exata ainda. De acordo com a equipe econômica, a Lei Orçamentária só deverá ser atualizada a partir do mês de dezembro, tendo em vista o fechamento do período eleitoral e dos índices da inflação.
INSS organiza novo cenário
Para os cerca de 35 milhões de segurados do INSS, o reajuste para R$ 1.067 já vem sendo analisado. Caso ele se confirme, significa que os benefícios serão acrescentados em 2,10%, sendo o teto modificado de R$ 6.101,06 para R$ 6.229,18.
No entanto, é válido ressaltar que a quantia não significará um acréscimo real. Isso porque, segundo dados do Dieese, a atual média da inflação necessidade de um piso nacional ao menos 5 vezes maior que a quantia ofertada nesse momento.
Ou seja, pensões e aposentadorias terão adicionais, mas ao mesmo tempo os seus beneficiários sentirão os valores de produtos e serviços ainda mais caros, precisando desembolsar mais recursos.
Entre a lista dos benefícios que serão modificados estão:
- benefício da prestação continuada (BPC);
- aposentadoria por tempo de contribuição;
- aposentadoria por idade;
- aposentadoria por invalidez;
- aposentadoria especial;
- auxílio-doença;
- salário-maternidade.
É válido ressaltar que todas as quantias apresentadas são uma projeção que podem ser modificadas a qualquer momento.
Para o governo federal, a decisão de fazer um reajuste mínimo é justificada tendo em vista que qualquer acréscimo gera despesas diretas nos cofres públicos.
Com o atual cenário de crise econômica intensa pelo novo coronavírus, espera-se que os benefícios não sejam acrescentados.