O estado do Amapá pode ter o auxílio emergencial, concedido pelo governo federal durante a pandemia do novo coronavírus, estendido para os próximos meses. Para isso acontecer, o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, devem aceitar o pedido do presidente do Senado, Davi Alcolumbre.
O pedido é restrito, exclusivamente, ao estado do Amapá, que enfrenta mais de uma semana de apagão. A falta de energia no estado afeta também a distribuição de água e a maioria dos serviços oferecidos à população.
“Os amapaenses perderam a comida de um mês, tudo estragou nas geladeiras. As pessoas estão sofrendo. É dever do Estado socorrê-las”, escreveu Alcolumbre nas redes sociais.
“Depois do apagão, nove dias atrás, o Amapá ainda não teve 100% da energia restabelecida. O sistema de rodízio impõe prejuízo e problemas. A população está sofrendo e precisa de ajuda e de respostas efetivas”, justificou o presidente do Senado.
Segundo o Ministério da Cidadania, só no estado do Amapá, o benefício é pago para 321.787 pessoas, o que equivale a 37% da população.
Vale lembrar que, antes mesmo do apagão acontecer, Jair Bolsonaro havia declarado que o auxílio não seria prorrogado para 2021. Porém, a situação no Amapá pede uma nova avaliação.
Eleições adiadas por causa do apagão
A pedido do Tribunal Regional Eleitoral do Amapá, as eleições municipais foram adiadas e devem ocorrer até o dia 27 de dezembro deste ano.
O Josiel Alcolumbre, suplente do Senado e irmão de Davi, também havia solicitado o adiamento com a mesma justificativa do parente: a falta de energia no estado, que inviabiliza a principal forma de voto, a eletrônica.
Para resolver a situação, o estado determinou um “rodízio de energia” para atender diferentes regiões por um prazo de até seis horas por dia.
Segundo moradores do Amapá, o rodízio não têm funcionado da forma correta e muita gente continua sem luz. Resultado: já são 11 dias de apagão.
Vale ressaltar que Josiel é candidato a prefeito em uma das cidades, em Macapá. Segundo a última pesquisa Ibope, divulgada na quarta-feira (11), Alcolumbre caiu nove pontos porcentuais em relação ao último levantamento. Ainda assim, ele lidera a corrida, com 26% das intenções de voto.