Nesta segunda-feira (9), o Mercado Livre recebeu a autorização do Banco Central (BC) para operar como uma instituição financeira, de acordo com a nota à imprensa publicada pela companhia. A decisão já havia sido divulgada no Diário Oficial, no dia 15 de outubro, porém só nesta segunda BC deu a confirmação.
A concessão da autoridade monetária permite que o Mercado Livre consolide sua atuação no segmento de crédito. Desde 2017 a empresa possui o Mercado Crédito, com empréstimos para quem possui conta no Mercado Pago, fintech de pagamentos do Mercado Livre.
O anúncio aconteceu um mês e meio depois de o Mercado Livre ter divulgado que recebeu do Goldman Sachs um aporte de R$400 milhões, voltados à expansão do serviço de crédito.
“A licença de instituição financeira permitirá reforçar o foco da companhia em expandir as operações de crédito dentro de seu ecossistema. Desde o início da oferta, em 2017, o grupo já concedeu mais de R$4 bilhões em créditos no Brasil, em um total de mais de 10 milhões de transações. Essas operações alcançaram principalmente consumidores e empreendedores sem acesso ao crédito no sistema financeiro tradicional”, disse, em nota, Tulio Oliveira, vice-presidente do Mercado Pago, que já está operando como instituição de pagamento.
A licença de instituição financeira também possibilitará que o Mercado Pago acesse fontes de financiamento diferentes, que podem complementar a estratégia de funding da empresa.
“Ter um rol de instrumentos de financiamento mais completo beneficiará de forma estrutural toda a área de fintech e trará maior solidez, além de resiliência para o negócio”, disse Pedro de Paula, diretor do Mercado Crédito no Brasil.
Sobre o Mercado Livre
Fundado em 1999 pelo empresário argentino Marcos Galperín, o plano de negócios do Mercado Livre foi feito ainda quando Galperín trabalhava a fim de conseguir o diploma MBA na escola de negócios da Universidade de Stanford. Nessa época, começou a montar uma equipe de profissionais para colocar o site em prática.
No mesmo ano, a plataforma passou a funcionar também em outros três países além da Argentina: Uruguai, México e Brasil. No ano 2000, mais quatro países adotaram a plataforma na América Latina: Equador, Chile, Venezuela e Colômbia.