INSS entra em briga dura contra seus próprios funcionários; entenda o caso

Devido à pandemia de Covid-19, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) entra em briga com os seus servidores. A situação piorou com a publicação de uma portaria que prevê metas a serem atingidas.

INSS entra em briga dura contra seus próprios funcionários; entenda o caso
INSS entra em briga dura contra seus próprios funcionários; entenda o caso (Imagem: Reprodução/Google)

Segundo o Sindicato os trabalhadores estão sendo submetidos a uma jorna de trabalho ampliada e sofrem ameaças de redução de salário constantemente. O Instituto nega as acusações e afirma “O que há é a melhoria do trabalho, com o aprimoramento e criação de programas”.

A briga entre os servidores e o INSS começou com a volta do atendimento presencial, já que muitos questionaram a decisão diante da pandemia.

Além disso, os médicos peritos demoraram em retornar, já que as unidades não tinham passado nas vistorias e não possuíam as mínimas condições de segurança.

Após várias ameaças e brigas entre a ANMP (Associação Nacional dos Médicos Peritos) e o INSS o retorno está acontecendo. Porém, ainda é grande a fila de espera por um atendimento do médico perito.

Para piorar a tensão, no final de setembro foi publicada a Portaria nº 1.020, que estabelece uma série de obrigações e metas a serem cumpridas pelos funcionários.

São cinco mil tarefas a serem realizadas em todos os setores, porém, sem a oferta das devidas condições para que o trabalho seja feito.

Em defesa dos funcionários, a Federação Nacional dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps) afirma que não estão sendo cumpridas as condições de trabalho e, de acordo com a legislação em vigor no Brasil, a medida pode ser caracterizada como assédio moral.

Segundo Moacir Lopes, diretor da Fenasps, “Os sistemas corporativos não funcionam ou estão em condições precárias. Para abrir um sistema, o servidor tem que esperar minutos e, às vezes, não consegue, enquanto o beneficiário perde tempo ou fica sem atendimento”.

Atualmente, o INSS conta com 20.056 mil servidores ativos, três mil temporários, no total de mais de 23 mil servidores.

Em defesa, o Instituto Nacional do Seguro Social disse que “não há assédio moral no INSS. O que há é a melhoria do trabalho, com o aprimoramento e a criação de programas de gestão, com foco na produtividade, que, inclusive, é pioneiro no serviço público, servindo de case para outros órgãos do funcionalismo federal”.

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Glaucia Alves
Formada em Letras-Inglês pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Atuou na área acadêmica durante 8 anos. Em 2020 começou a trabalhar na equipe do FDR, produzindo conteúdo sobre finanças e carreira, onde já acumula anos de pesquisa e experiência.