Mesmo com a flexibilização do isolamento social e a reabertura das lojas, as compras pela internet continuam em alta no Brasil. O comércio eletrônico faturou R$ 33,4 bilhões de reais no terceiro trimestre deste ano, um aumento de 85,1% comparado ao mesmo período de 2019. O resultado foi divulgado pela Neotrust / Compre & Confie, empresa de inteligência de mercado com foco no e-commerce.
Como comparação da alta no varejo digital, o Magazine Luiza, por exemplo, vendeu R$ 27,3 bilhões de reais no ano de 2019, alta de 38,7%. Já no primeiro semestre deste ano, o Magalu vendeu R$ 16,2 bilhões de reais, alta de 41,6%.
No terceiro trimestre deste ano, 79,2 milhões de pedidos foram realizados, volume 76% maior do que o registrado no período do ano passado. De julho a setembro, 23,2 milhões de pessoas adquiriram pelo menos um produto durante o período, alta de 59,7% comparado a 2019. Desse total, 5,8 milhões de pessoas realizaram sua primeira compra pela internet na vida.
Segundo a pesquisa, produtos de menor valor seguem como os mais procurados e representam mais da metade do volume de vendas. As categorias que lideram o volume de vendas são: moda e acessórios, responsáveis por 20% do total de pedidos realizados no terceiro trimestre; beleza, perfumaria e saúde em segundo lugar com 15,1% e entretenimento registrando 11,8% do consumo.
Porém, as categorias de produtos de maior valor, aos poucos, voltam a ocupar os primeiros lugares. Telefonia lidera o ranking de maior faturamento, com 21,2% do total de pedidos gerados no trimestre. Em segundo lugar, os eletrodomésticos e ventilação, com 15,4% do total e, na terceira colocação, entretenimento com 11%.
As mulheres lideram em volume de compras online, registrando 58,8% de todos os pedidos no terceiro trimestre.
Apesar de comprarem em menor quantidade, os homens gastam valores maiores em suas compras pela internet, com ticket médio de R$ 503,40, enquanto o público feminino gasta em média R$ 365,50.
Em relação a faixa etária, a idade média dos consumidores durante o trimestre é de 37 anos. Os maiores consumidores do período tinham entre 26 e 35 anos, representando 33,6% do total de pedidos realizados. Já o público de 36 a 50 anos, representou 33,2% da soma.
Nas últimas posições, os brasileiros até 25 anos, respondem por 19% dos pedidos e os compradores com mais de 51 anos, 14,2%.
Expectativas para vendas online durante a Black Friday
Segundo dados da Ebit Nielsen, empresa que classifica a reputação das lojas virtuais através de pesquisas com consumidores, em 2019 as vendas online durante a Black Friday superou cerca de R$ 3,2 bilhões. A expectativa da Ebit é de que, para esse ano, o valor cresça 20% comparado ao ano passado.