Black Friday: Em ano atípico, data terá menos descontos e mais interação entre clientes e lojistas

A edição 2020 da Black Friday brasileira, que acontece dia 27 de novembro, terá menos descontos e mais interação entre clientes e lojistas, segundo a opinião da sócia do escritório de consultoria empresarial McKinsey, Fernanda Hoefel.

Na opinião de Fernanda Hoefel, da McKinsey, há setores que irão fazer uma Black Friday com menos descontos e mais contato com os consumidores
Na opinião de Fernanda Hoefel, da McKinsey, há setores que irão fazer uma Black Friday com menos descontos e mais contato com os consumidores (Imagem: Reprodução/Google)

Fernanda acredita que a pandemia fez com que a maioria dos comércios se preparasse para o universo digital, ampliando principalmente suas relações com os clientes. Essa aproximação, porém, não compensa as perdas causadas durante a crise, o que dificultará maiores descontos durante a Black Friday.

 “Eu vejo dois movimentos. De um lado, há setores mais aquecidos que vão fazer uma Black Friday com menos descontos e mais contato com os consumidores. Já outros segmentos vão usar essa oportunidade para recuperar a demanda perdida na pandemia”, disse a empresária.

Hoefel participou de um painel de negócios da moda no JK Iguatemi em São Paulo, que contou com debatedores do assunto e platéia online. Além dela, o evento transmitido ao vivo nesta última quarta-feira (21), trouxe a presença de Alexandre Birman, CEO da Arezzo & CO; Marcella Kanner, head de comunicação da Riachuelo e Sandra Chayo, diretora de marketing da marca de lingerie Hope.

Sustentabilidade 

Além da Black Friday, um dos temas do debate foi a sustentabilidade nas indústrias de moda. Segundo Fernanda, a pauta tem ligação com as gerações mais novas e as empresas estão dando mais atenção a esse novo comportamento de consumo.

“A geração Z é extremamente ligada na sustentabilidade e nos impactos que o consumo tem na sociedade. A indústria da moda é uma das mais poluentes que existe. Mas estamos assistindo a uma mudança de postura dessas empresas, que estão colocando essa questão cada vez mais ao centro”.

Sandra Chyao, diretora do grupo Hope, destacou que a marca de lingerie passou a investir em materiais biodegradáveis e em produtos de maior vida útil, a fim de evitar novos materiais no meio ambiente e reutilizar os que já foram fabricados.

E-commerce

As vendas online também foram abordadas durante o debate. Alexandre Birman, da Arezzo, pontuou que antes da pandemia, o faturamento mensal online era de R$ 16 milhões. Agora, ultrapassa os R$ 50 milhões. Birman acredita que o e-commerce continuará em alta e a marca tem trabalhado para continuar agradando e oferecendo novos produtos aos internautas.

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