Nesta terça-feira (20), o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) apontou que o setor de mineração registrou melhora no 3º trimestre deste ano. O faturamento neste período foi de R$ 50 bilhões, com a produção na marca de 287 milhões de toneladas. A pesquisa foi feita com feita com mineradoras que ocupam mais de 85% da produção nacional.
A produção mineral do último trimestre foi melhor que o mesmo período do ano passado, inclusive. O número havia sido de 280 milhões de toneladas.
No 2º trimestre deste ano, o minério teve a marca de 211 milhões de toneladas. Já no 1º trimestre de 2020, foi registrado 238 milhões de toneladas.
Segundo estimativa do instituto com relação aos valores na produção histórica, os agregados da construção indicam 54% de participação. O minério de ferro tem 42% de participação.
Os outros bens listados foram: bauxita, fosfato, manganês, alumínio primário, potássio concentrado, cobre contido, zinco concentrado, liga de nióbio, níquel contido e ouro.
O faturamento
Com relação ao acumulado anual de faturamento, dos três trimestres, a indústria teve a quantia de R$ 126 bilhões. Já em todos os trimestres de 2019, o o valor captado foi de R$ 153 bilhões.
Da parcela total de lucro do 3º trimestre, o minério de ferro representou 63% do faturamento — com valor de R$ 32 milhões. O ouro teve 13% (R$ 6,6 bilhões), o cobre 6% (R$ 3,2 bilhões), o calcário dolomítico 3% (R$ 1,4 bilhão), a bauxita 2% (R$ 1,1 bilhão) e o fosfato 1% (R$ 5,8 milhões).
Dos estados brasileiros, o Pará teve a maior participação no faturamento dessa indústria, com 43% — equivalente a R$ 21,6 bilhões. Outro estado com grande parcela foi Minas Gerais, com 29% — R$ 19 bilhões.
“Os dados refletem o que o IBRAM tem afirmado desde o início do ano, ou seja, que a indústria mineral será – e efetivamente está sendo – uma das principais responsáveis pela retomada da economia nacional”, afirma Wilson Brumer, presidente do Conselho Diretor do IBRAM.
O diretor-presidente do IBRAM, Flávio Penido, alega que “a perspectiva para os próximos trimestres é manter a curva ascendente nesses indicadores, desde, é claro, que a pandemia ou outros fatores não interfiram no desempenho industrial, no Brasil e nos mercados compradores de minérios”.