Um aumento nos registros de reclamações de consumidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) contra o antigo Banco Ficsa – e atual C6 Bank – foi o motivo pelo qual a Secretaria Nacional do Consumidor, órgão vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, pediu ao instituto que sejam tomadas providências sobre o credenciamento realizado pelo banco.
Através da plataforma de reclamações do consumidor, a Senacon constatou que, ao todo, foram apresentadas 707 reclamações contra a financeira de janeiro a setembro deste ano. Dois terços deste valor, ou seja, 471, foram feitas somente neste último mês.
Em uma busca, foi constatado que as principais queixas seriam ligadas a avaliação das condições necessárias para a continuidade das operações de empréstimos consignados.
De acordo com o órgão, teria chegado também relatos de dificuldade de contato com a empresa, descontos de empréstimos consignados sem terem sido contratados, e supostos acessos, por terceiros, dos registros do aplicativo Meu INSS de aposentados e pensionistas.
Na teoria, este aplicativo é um dos principais meios digitais para resolver problemas, solicitar agendamentos e cancelamentos de serviços oferecidos pelo INSS.
Para acessá-lo, é preciso fornecer dados pessoais, como nome completo, número do Cadastro de Pessoa Física (CPF) e e-mail, o que tornaria o acesso mais seguro e individual.
O que diz a C6 Bank
Em nota enviada ao Uol, o C6 Bank assumiu o aumento do número de reclamações nos últimos meses, mas disse que, em proporção aos empréstimos concedidos no mesmo período, há uma “forte queda”.
“Em setembro, essa porcentagem foi inferior à média do primeiro semestre”, disse o banco através do comunicado.
“Todos os casos são resolvidos sem prejuízo ao consumidor. Nossa equipe segue disponível para prestar o melhor atendimento aos nossos clientes”, informou o C6 Bank.
Ainda na nota, o banco disse que mais de 100 mil contratos de crédito consignado foram fechados no mês de setembro e que “as 471 reclamações registradas na plataforma no último mês representam uma pequena parte do total”.
Na plataforma do governo, em uma média de 1 a 5, a satisfação com o atendimento da empresa tem uma média de 2,6. O prazo médio de respostas é de oito dias.