O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) está com uma fila de mais de 1,8 milhão de pedidos de benefícios esperando uma resposta do órgão. Os dados foram recolhidos pelo Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP), no dia 30 de setembro e divulgados no dia 5 de outubro.
Ao todo, 800 mil pedidos que estão parados dependem do cumprimento de exigências, que é quando o segurado precisar realizar a entrega de documentos complementares para a análise da sua solicitação.
De acordo com a advogada Adriane Bramante, que é presidente do IBDP, alguns pontos explicam esses números. “A gente tem o problema da pandemia, tem o problema do estoque que já estava grande antes da pandemia. Muitos casos são de perícia, aguardando a exigência do segurado, aguardando algum documento. Então tudo isso contribuiu para esse número ser bastante expressivo”, disse.
Ela lembrou ainda que o prazo para que os segurados cumpram as exigências está suspenso.
Caso o beneficiário possua mais tempo para conseguir a sua documentação para a análise do benefício, mais demorará. Já que o instituto vai levar mais tempo para dar a resposta ao segurado.
No caso daqueles que não conseguirem cumprir a exigência por conta de dependência de documentação de alguma empresa antiga, acabará atrasando ainda mais o andamento da solicitação.
Os segurados podem entregar os documentos por meio da internet, pelo site ou aplicativo Meu INSS.
Além disso, muitas agências do país adotaram desde o mês de agosto os serviço de drive-thru para que os documentos seja entregues, como se fosse uma “exigência expressa”.
Porém, para ir até uma agência é necessário fazer o agendamento para o atendimento presencial. Na unidade, o segurado deve ter o número de protocolo de agendamento e apresentar o seu documento pessoal.
Aqueles que enviarem os documentos por meio da internet podem fotografar e anexar pelo celular ou computador.
Para o Sinnsp, que é o sindicato da categoria, o INSS possui um déficit de cerca de 15 mil servidores.
Os dados apontam que desde o ano de 2015 cerca de 40% dos funcionários do Instituto se aposentaram.
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