IRPF: O que pode mudar no Imposto de Renda com a criação do Renda Cidadã?

A criação do novo programa do Governo Federal, o Renda Cidadã, que irá substituir o Bolsa Família, pode alterar algumas das características da declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF).

IRPF: O que pode mudar no Imposto de Renda com a criação do Renda Cidadã? (Foto: reprodução/Google)

Segundo a Folha de São Paulo, o desconto de 20% que é oferecido para os contribuintes que fazem a declaração simplificada, tem a possibilidade de ser extinto. 

Este seria um dos planos para também custear o novo programa social do governo. O fim do desconto no IRPF surgiu como uma maneira de garantir a continuidade das deduções médicas e educacionais. 

O que é o Renda Cidadã? 

O Governo Federal estuda há meses uma política pública de substituição ao auxílio emergencial, que já tem seu calendário final previsto para dezembro.

O novo programa social estabelecido pelo governo será chamado de Renda Cidadã. A nova proposta também vai substituir o atual programa do Bolsa Família.

Para financiar o novo programa serão utilizados recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). E também serão utilizadas as verbas reservadas no Orçamento para pagamentos de precatórios. 

O Fundeb apresenta recursos dos governos federal, estaduais e municipais e é responsável pelo financiamento da educação básica no país. Já os precatórios são uma espécie de dívida que o poder público tem. 

Os valores previstos para financiar o Renda Cidadã são de R$ 35 bilhões. Essa verba bilionária vem do dinheiro destinado aos precatórios, atualmente orçado em R$ 55 bilhões para 2021. E ainda 5% do valor dos recursos destinado ao Fundeb. 

“Sempre tem alguma parte que vai ferir alguém, que tem que tirar dinheiro para isso, mas a solução final está dada hoje num consenso. O Brasil tem no Orçamento R$ 55 bilhões para pagar de precatório, e nós vamos utilizar, vai estar na relatoria que eu apresento nesta semana, o limite de 2% das receitas correntes líquidas, que é mais ou menos o que já fazem estados e municípios”, apontou o senador Márcio Bittar.

O valor médio do benefício ainda não foi divulgado, mas há previsão de que seja em torno de R$ 300

A definição do valor do benefício deve ser oficialmente publicada no mês de novembro, após o Congresso aprovar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do Pacto Federativo, que libera espaço no orçamento da União para despesas.

Outra mudança é que o novo programa pretende atingir um número maior de famílias que, atualmente, não estão incluídas no Bolsa Família.

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