Com a proximidade do fim dos pagamentos do auxílio emergencial e sem a criação de um programa substituto a aprovação do governo caí. A maioria dos beneficiários quer a continuação do pagamento do auxílio.
Na pesquisa publica na última quinta-feira (15) foi observada uma queda na aprovação da gestão governo do atual presidente, Jair Bolsonaro (sem partido).
No mês de setembro 36% da população brasileira considerada o governo de Bolsonaro ruim ou péssimo, sendo que na nova pesquisa o índice passou para 31%.
A pesquisa é da XP/Ipespe e mostra a conexão evidente entre a aprovação da gestão de Bolsonaro e a continuação do pagamento do auxílio emergencial. É importante lembrar que no mês de setembro o auxílio acabaria, porém foram anunciadas novas parcelas até o fim do ano.
Segundo a pesquisa 39% dos pesquisados consideram o governo bom ou ótimo. Esse percentual foi o mesmo que no mês de setembro. Porém, houve alteração nos que consideram o governo regular, passando de 28% para 31%.
Foram mil pesquisados, sendo que 2% não souberam responder. A pesquisa também levantou a possibilidade se as eleições para presidente fosse hoje e apontou que Bolsonaro venceria quase todos os adversários, com exceção do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro.
Auxílio emergencial e a aprovação do presidente
Ao pesquisar sobre a atuação do atual presidente para o enfrentamento do Covid-19, há um aumento na aprovação das medidas tomadas, mesmo continuando sendo abaixo do que deveria ser.
Na última pesquisa, 47% veem a atuação como ruim ou péssima, 30% como boa ou ótima. Em maio era 58% considerava ruim ou péssima e em abril, 20% considerava boa ou ótima. Como é possível perceber a imagem da gestão atual está aos poucos melhorando.
A pesquisa também questionou sobre o auxílio emergencial, sendo que 68% acha que o benefício deveria continuar nos primeiros meses de 2021, caso não haja a possibilidade de implantar um novo programa social.
Entre os beneficiários, esse número aumenta, chegando a 73% e 65% entre aqueles que não recebem o auxílio emergencial. Apenas 22% dos que hoje recebem a ajuda financeira acreditam que serão contemplados pelo novo programa social.