O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (16) novos dados sobre o impacto da pandemia na vida do brasileiro. Dessa vez, o PNAD COVID19 apontou que o país alcançou a marca de 14 milhões de desempregados na quarta semana de setembro. O levantamento foi baseado na data de 20 a 26 de setembro.
Para ter uma ideia do crescimento, em maio, a desocupação era de 10,5 milhões. A semana anterior, terceira de setembro, havia indicado o número de 13,3 milhões. Maria Lucia Vieira, coordenadora da pesquisa, indica que alguns fatores contribuíram para a alta.
“Embora as informações sobre a desocupação tenham ficado estáveis na comparação semanal, elas sugerem que mais pessoas estejam pressionando o mercado em busca de trabalho, em meio à flexibilização das medidas de distanciamento social e à retomada das atividades econômicas”, aponta.
Desemprego por região
Dos 14 milhões de desempregados, a região Sudeste foi a que concentrou a maior quantidade — de 6,3 milhões. A variação em cinco meses foi de 39,2%.
Logo após, a região Nordeste registrou 3,9 milhões de desocupados.
Além disso, foi a que teve a maior alta, da primeira semana de maio para a quarta de setembro. A variação foi de 69%.
O Sul teve o número de 1,5 milhão de desempregados. A variação foi a menor entre as cinco regiões, com 16,5% nos últimos cinco meses.
A região Norte teve a marca de 1,3 milhão de pessoas. O aumento dos meses foi o segundo maior, de 46,9%.
Por fim o Centro-Oeste, foi indicado com 1 milhão de desocupados. O crescimento entre os meses citados foi de 25%.
Taxa de ocupação
Por outro lado, o índice de ocupação foi de 83 milhões de pessoas. Este valor permaneceu estável em relação à semana anterior. Na primeira semana de maio, havia 83,9% de trabalhadores.
“Vínhamos observando, nas últimas quatro semanas, variações positivas, embora não significativas da população ocupada. Na quarta semana de setembro a variação foi negativa, mas sem qualquer efeito na taxa de desocupação”, afirma.