A S&P Global Ratings realizou, nesta última terça-feira (13), uma alteração na perspectiva de avaliação de das locadoras de veículos Simpar, Movida Participações, Companhia de Locação das Américas (Unidas) e Vix Logística. A mudança passou de negativa para estável.
O motivo da mudança, segundo a empresa, foi por conta da melhora mais rápida que a prevista durante o segundo semestre deste ano, juntamente com a estabilidade de fluxos de caixa dos contratos de leasing corporativo.
Diante desse cenário atual, a expectativa é de estabilidade das métricas de crédito conforme os ratings em 2020 e 2021. Na mesma medida em que há melhora econômica, os riscos de restrições de movimentação apresentam queda.
Os resultados
A revisão indicou que o segmento de aluguel de carro (RaC) registrou uma recuperação, após os momentos mais difíceis em abril, por conta da quarentena. As taxas de utilização tiveram recuperação para o nível histórico de 75%-80%. Em abril, o nível era de 55%-60%.
“Com o retorno gradativo dos clientes pessoas físicas e dos serviços de ride-hailing (viagens sob demanda por aplicativo), observamos que as taxas médias também estão voltando para os níveis pré-pandemia”, indica.
“Esses fatores, junto com fluxos de caixa estáveis dos contratos de leasing corporativos pela natureza de longo prazo deles e os altos custos econômicos para rescindi-los, possibilitaram uma recuperação mais rápida no desempenho operacional das empresas no 3º trimestre”, prossegue.
O lucro antes de juros, impostos depreciação e amortização (EBITDA) também foi revisado. A previsão anterior era de queda de 10%-20%. Agora, o nível é estável a um crescimento de um dígito médio para o ano.
“Dada a provável recuperação nos investimentos para expansão da frota diante de melhora nas condições econômicas, esperamos mais elevação no EBITDA para a faixa de 10%-20% em 2021”, projeta.
A S&P afirmou que as locadoras utilizaram, durante a pandemia, as entradas de caixa que vieram da venda de veículos, juntamente com a diminuição nos investimentos. A razão para isso a intenção de preservar liquidez e manter uma posição de caixa maior do que o habitual.
“Em nossa visão, as empresas poderão replicar essa estratégia se a recuperação econômica se estagnar ou se o risco do coronavírus aumentar”, complementa.