Mulheres e jovens têm maior receio em ficar desempregado, diz pesquisa

De acordo com uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria e divulgada na última quarta-feira (14), as mulheres e jovens são o grupo com maior medo de ficar desempregado.

Mulheres e jovens têm maior receio em ficar desempregado, diz pesquisa
Mulheres e jovens têm maior receio em ficar desempregado, diz pesquisa (Imagem: Reprodução/Google)

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) publicou ontem (14) a pesquisa que analisa o Índice de Medo do Desemprego e Satisfação com a Vida.

A publicação é trimestral e esta edição contou com duas mil entrevistas em 127 municípios do Brasil, entre os dias 17 e 20 de setembro.

Segundo os dados divulgados, o medo do desemprego entre mulheres é superior ao dos homens. O indicador mostra que 62,4% das mulheres têm medo de ficar sem emprego, contra 46,8% dos homens, uma diferença de 15,6 pontos.

Os dados da pesquisa também mostra que os jovens têm um índice de medo do desemprego muito alto.

Isso se dá devido a ser um mercado de trabalho muito concorrido, principalmente para aqueles que não possuem nenhuma ou pouca experiência. Veja abaixo os índices:

  • 16 aos 24 anos: 57,9;
  • 25 aos 34 anos: 57,3.

O CNI também analisou a mesma pesquisa de acordo com as regiões do país e a remuneração mensal, e segundo o que foi constado, a população que vive no Nordeste é o que mais apresenta medo do desemprego, sendo 61,2% e os que recebem até um salário mínimo 65%.

De modo geral, o medo do desemprego atingiu 55% da população brasileira, mesmo diante da pandemia e seus impactos negativos na economia. Com isso, foi constado que teve uma queda de 1,1 ponto em comparação com o final de 2019.

Segundo a CNI, esse resultado é devido a vários fatores como o auxílio emergencial, as ações do governo para o estímulo da economia e a volta do comércio no último trimestre de 2020, que vem mostrando excelentes resultados.

“A partir do fim do primeiro trimestre de 2020, as medidas de proteção adotadas no período contribuíram para conter o desemprego e aumentar a segurança no emprego. Possivelmente, a transferência de renda às famílias também contribuiu para esse resultado. Por fim, a retomada gradual das atividades comerciais e produtivas nos últimos meses tem impactado positivamente a formação de expectativas dos agentes, que, em um primeiro momento, esperavam por uma recuperação econômica mais lenta”, afirmou a CNI.

Glaucia Alves
Formada em Letras-Inglês pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Atuou na área acadêmica durante 8 anos. Em 2020 começou a trabalhar na equipe do FDR, produzindo conteúdo sobre finanças e carreira, onde já acumula anos de pesquisa e experiência.