Empresas e TI puxam para baixo o desempenho dos serviços entre julho e agosto; confira

Nesta quarta-feira (14) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou que a atividade de serviços teve alta de 2,9% em agosto, em relação ao mês de julho. Este valor indica o terceiro crescimento seguido, com o valor positivo de 11,2%. Os resultados são segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS). Apesar disso, esteve abaixo do projetado pela XP Investimentos.

Serviços administrativos e de informação e comunicação diminuem o desempenho dos serviços entre julho e agosto
Serviços administrativos e de informação e comunicação diminuem o desempenho dos serviços entre julho e agosto (Imagem Google)

Quatro das cinco atividades pesquisadas tiveram resultados positivos. O destaque foi para os serviços prestados às famílias, com alta de 33,3%. Os restaurantes e hotéis tiveram grande papel neste crescimento.

“Passados os meses mais críticos da pandemia, em março e abril, a atividade voltada às famílias registrou as três maiores taxas de toda série histórica: 33,3% em agosto, 14,4% em junho, e 13,8% em maio” afirma Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa.

“Mas mesmo com esses recordes, ainda está muito distante de recuperar as perdas de março e abril, tamanha a queda. Para que os serviços prestados às famílias voltem ao patamar de fevereiro, ainda precisam crescer 72,2%”, prossegue.

O setor de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correios cresceu em 3,9%. O acúmulo nos últimos quatro meses foi de 18,8%. Lobo revelou que a alta foi por conta dos setores de armazenamento, transporte aéreo de passageiros, rodoviário de cargas e rodoviário coletivo de passageiros.

Outro avanço foi das atividades turísticas, com alta de 19,3% em agosto. Isto representa o quarto valor positivo na sequência, com acúmulo de 63,4%. Entretanto, não foi suficiente para recuperar a perda entre março e abril , de 68%.

Resultados abaixo do projetado

Apesar do valor positivo, ainda esteve abaixo do esperado, de acordo com a XP Investimentos. O valor esperado era de crescimento de 5,4%. Além disso, o IBGE revelou que o resultado recente não foi capaz de recuperar a perda de 19,8%, que ocorreu entre fevereiro e março.

A economista da XP Investimentos, Lisandra Barbero, afirmou que os serviços administrativos e de informação e comunicação tiveram resultados abaixo da expectativa. Mais da metade da PMS são devidos aos dois segmentos.

“O fato de a surpresa negativa ter sido concentrada nessas duas aberturas não nos permite dizer que o setor de serviços continua no mesmo ritmo de frustração que vimos nos últimos meses”, comenta ao Valor.

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Silvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.