Imposto de Renda: Governo pretende fazer mudanças no tributo para custear novo Bolsa Família

Em meio à crise econômica existente no Brasil, o ministro Paulo Guedes e o governo têm buscado alternativas para o financiamento do programa Renda Cidadã (novo Bolsa Família). Uma das alternativas propostas seria por meio do desconto de 20% da renda tributável do Imposto de Renda.

Entenda as mudanças que o governo pretende fazer para custear o Renda Brasil por meio do Imposto de Renda
Entenda as mudanças que o governo pretende fazer para custear o Renda Brasil por meio do Imposto de Renda (Imagem: Reprodução/Google)

O desconto de 20% oferecido nas deduções de gastos de saúde e educação seria retirado, com o objetivo de viabilizar o novo projeto do governo.

Segundo o Gazeta do Povo, a classe média sofreria em maior quantidade, com destaque às famílias que possuem despesas menores.

Conforme informado pela Agência Brasil, José Tostes Neto, secretário especial da Receita Federal, afirmou que ainda não há definição sobre a possível mudança nas deduções referentes ao IRPF e declaração simplificada.

Além disso, a indefinição do Ministério da Economia sobre as possíveis modificações nos tributos das empresas e em relação à distribuição de dividendos.

Outras possibilidades que estão sendo consideradas são o financiamento por meio do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e por recursos destinados ao pagamento de precautórios.

Decisão adiada

Como forma de evitar possíveis conflitos durante a fase eleitoral, o governo decidiu que o projeto dará prosseguimento somente após as eleições municipais deste ano.

Você a 40, 50 dias de eleição, como é que você vai entrar nessa brigalhada? A 40, 50 dias das eleições, vai falar que o valor vai ser R$ 300: ‘Não, não dá, é dinheiro demais’. Ah, então vai ser R$ 190: ‘Ah, não pode, lá embaixo também, assim não dá’. Isso é hora de discutir isso?”, questiona Paulo Guedes.

Em entrevista para O Antagonista, o senador Márcio Bittar assegurou que a mudança para depois das eleições não ocorreu por medo das críticas. Além disso, ele afirmou que o presidente também concordou com o adiamento.

“Ficou para depois das eleições. O nó é o Renda Brasil mesmo. Não estamos adiando por receio de críticas. É porque precisamos compreender o momento, não adianta dar murro em ponta de faca”, indica.

“O Brasil precisa retomar a agenda reformista, mas, no meio disso, temos outro problema: o que vai ser feito com os milhões de pessoas que estão recebendo o auxílio emergencial? Vai ter que tirar dinheiro de algum lugar. Não é só por solidariedade cristã, é para evitar um caos social”, prossegue.

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Silvio SuehiroSilvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.
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