Possibilidade de manter o auxílio emergencial em 2021 é reprovada pela equipe econômica. Nessa semana, o ministro da economia, Paulo Guedes, informou que não há negociações para dar continuidade as liberações do coronavoucher. De acordo com ele, a pauta é totalmente inviável e seu encerramento, no mês de dezembro, é definitivo. Entenda os planos para o próximo ano.
Com o fim do ano cada vez mais próximo, o governo vem correndo para tentar avaliar os cenários econômicos e sociais de 2021.
Com a pandemia do novo coronavírus, o estado de calamidade pública foi instaurado, mas deverá se encerrar em dezembro. Desse modo, Guedes confirmou que não há chances de manter o auxílio emergencial.
De acordo com o gestor, o projeto tem um gasto maior do que a realidade da folha orçamentária pública.
Desse modo, não poderá ser mantido. Ele afirmou que está trabalhando em uma estratégia de administração para novas políticas sociais, mas estas não deverão seguir o atual modelo em vigor.
— Tem um plano emergencial e o decreto de calamidade que vão até o fim do ano. E no fim de dezembro acabou tudo isso — disse Guedes.
Tensão na gestão pública
É válido ressaltar que, mediante o clima de instabilidade e tensão política entre Guedes e o presidente Jair Bolsonaro, não se descarta a possibilidade de manter o estado de calamidade pública ao longo do próximo ano.
Se tal determinação for feita, o governo poderá atuar sem uma limitação em suas contas, podendo ultrapassar o teto de gastos.
Até esse momento, há uma expectativa de que o orçamento público tenha um rombo de R$ 900 bilhões. Porém, o valor está sujeito a elevações mediante as variações de financiamento do Renda Cidadã.
Renda Cidadã
O encerramento do texto do Renda Cidadã também é um motivo de incertezas. O governo ainda não definiu como serão os meios de financiamento do projeto, de modo que não se sabe o valor total que será necessário para custeá-lo.
Outro ponto também não informado publicamente foram as regras de participação e os valores concedidos para cada beneficiário.
A seguir o modelo do antecessor, o Renda Cidadã, previa uma quantia mensal de R$ 300 por pessoa. Tais informações deverão ser confirmadas após o período eleitoral.