A volta das aulas presenciais nas escolas públicas e particulares da cidade de São Paulo acontece nesta quarta-feira (7), após paralisação temporária por causa da pandemia do novo coronavírus. O retorno, porém, acontece sob um protocolo de segurança restrito e que preserva a saúde dos professores, funcionários e alunos. É como se esta fase fosse apenas um “teste” para uma volta integral.
Entre as medidas de prevenção estabelecidas para conter o avanço da Covid-10 estão o distanciamento físico, atividades extracurriculares limitadas a 20% do público (ou seja, aulas normais seguem remotamente) e uso de máscaras obrigatório para funcionários, professores e alunos.
Segundo o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo (Sieeesp), o retorno será adotado por 80% das instituições particulares de ensino, cerca de 3,2 mil estabelecimentos.
“Muitas famílias ainda têm receio da contaminação. Elas só vão se sentir seguras quando perceberem que todos os cuidados estão sendo tomados e não há riscos”, diz Benjamim Ribeiro da Silva, presidente do sindicato.
Este é um dos motivos pelos quais o retorno às aulas presenciais é facultativo. Segundo a prefeitura, o número de instituições que optou pela retomada foi outro: apenas 1.
“O retorno é facultativo e a decisão foi tomada pelos Conselhos Escolares de cada unidade, compostos por professores, direção, estudantes e famílias”, informa a gestão municipal.
O retorno é indicado apenas para os estudantes que estão bem de saúde. Além de não ser obrigatório, e os alunos de grupo de risco para a Covid-19 são instruídos a não voltarem, por enquanto. Professores e servidores públicos retomam apenas se assinarem um termo de responsabilidade.
Pesquisa aponta resistência dos responsáveis
Uma pesquisa conduzida por escolas municipais de São Miguel Paulista e Itaim, na Zona Leste, conversou com mais de 380 famílias sobre a possibilidade de autorizar as crianças e adolescentes a retornarem às instituições de ensino brevemente.
Ao todo, 80% das famílias disseram que não pretendem enviar os filhos, mesmo que a instituição respeite o “novo normal” e as novas regras de segurança impostas para este retorno.