As aulas remotas, que tiveram início em março devido a pandemia do novo coronavírus no país, devem continuar nessa modalidade nas escolas públicas e particulares do país até o dia 31 de dezembro de 2021, segundo resolução que deve ser aprovada pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), nesta terça-feira (6).
A mesma resolução recomenda que os alunos que não comparecem não recebam faltas, ficando a cargo dos responsáveis escolher se os menores irão ou não retornar às atividades presenciais.
Um dos pontos defendidos pelo Conselho é que, especificamente neste ano, também por causa da pandemia, nenhum aluno seja reprovado. A recomendação é que os estudantes sigam os “anos escolares contínuos”, sem perder o nível que estava.
“O reordenamento curricular do que restar do ano letivo de 2020 e o do ano letivo seguinte, pode ser reprogramado, aumentando-se os dias letivos e a carga horária do ano letivo de 2021 para cumprir, de modo contínuo, os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento previstos no ano letivo anterior”, explica o CNE.
De acordo com a relatora da resolução e conselheira do CNE, Maria Helena Guimarães de Castro, as consequências vão levar um tempo para serem resolvidas nas escolas.
“Mesmo que se imagine que haja vacina ano que vem, as escolas precisam de um tempo para se readaptarem, é o que todos os países do mundo estão fazendo. É uma flexibilização que dá tranquilidade no replanejamento para 2021”, acredita.
Ainda de acordo com Maria Helena, se houver um sinal positivo da área de saúde em relação ao retorno nas atividades presenciais, as escolas devem retornar imediatamente.
“A volta é muito importante, até para as pessoas aprenderem a lidar com o medo, ter acolhimento, para os professores possam falar como estão se sentindo”, diz.
A presença facultativa é mais um ponto defendido. O Conselho afirma que a decisão é dos pais e responsáveis.
Porém, os que decidirem manter os filhos em atividade remota, devem assumir o compromisso com as “atividades e avaliações previstas no replanejamento curricular”.