Depois de uma assembleia virtual, realizada no sábado (3), os professores da rede privada das escolas do Rio de Janeiro decidiram manter a greve, pela sexta vez em três meses.
A assembleia manteve o trabalho com o ensino remoto nos estabelecimentos do setor de ensino privado do Rio de Janeiro, de Itaguaí, de Paracambi e de Seropédica.
Os profissionais decidiram que o retorno às aulas presenciais devem acontecer apenas se as autoridades de saúde permitirem, com base nos rígidos protocolos de segurança.
No sábado (10) às 14 horas, deve ser realizada outra assembleia para a avaliar a situação.
Nesta reunião, os professores foram informados da prorrogação do prazo de inscrição do Fundo Emergencial Solidário, para o apoio de professores demitidos.
Além disso, souberam da atualização sobre a Rede de Apoio em Saúde Mental para Educadores/as (Reame).
O presidente do Sindicato dos Professores do Rio de Janeiro (Sinpro-Rio), Oswaldo Teles, destacou no começo da assembleia que o Rio de Janeiro e o Brasil estão em uma luta em que não estão conseguindo vencer.
“Voltar às aulas é colocar em risco as vidas de professoras e professores, estudantes, pais e responsáveis, familiares e toda a sociedade”, afirmou.
Para ele, não foi indicado que há segurança para que o trabalho volte. “Vivemos uma greve totalmente diferente, pois nos mantemos trabalhando com o ensino remoto e em greve pela vida, contra a volta às aulas presenciais nas escolas”, observou.
Sinepe
Na última quarta-feira (30), depois da decisão da 3ª Câmara Civil do TJ do Rio, o presidente do Sinepe, José Carlos da Silva Portugal, informou por nota aos associados que a justiça autorizou a retomada das aulas presenciais na rede privada de ensino, mantendo a oferta de ensino remoto.
Foi destacado que a Justiça derrubou a liminar que impedia as escolas de abrirem. Porém, o dirigente lembrou que as instituições deveriam tomar todos os cuidados e precauções já estabelecidos para evitar a contaminação e disseminação do novo coronavírus.
“A responsabilidade da manutenção dessa volta depende da forma com que cada um de nós retornará”, observou.