Prefeitura de SP estabelece escala de presença para volta das escolas municipais

As escolas municipais de São Paulo voltarão com as atividades presenciais após meses de paralisação por causa da pandemia do novo coronavírus. O retorno, porém, é realizado sob medidas rígidas que se adequam ao “novo normal”, como horário limite para funcionários e estudantes dentro da instituição.

Prefeitura de SP estabelece escala de presença para volta das escolas municipais
Prefeitura de SP estabelece escala de presença para volta das escolas municipais (Imagem: Reprodução / Google)

Segundo a prefeitura de São Paulo, as escolas da rede municipal estão autorizadas a abrir apenas para atividades extracurriculares, recebendo os alunos, no máximo, duas vezes por semana.

Os mesmos podem ficar apenas duas horas diárias no local. Para a rede privada, não foi imposto um limite de tempo.

Ainda segundo a administração, o retorno pode acontecer a partir do dia 7 de outubro. Entre as atividades permitidas estão cursos de idiomas, monitorias, atividades esportivas, musicalização e acolhimento. Aulas de matemática e português, por exemplo, seguem no ensino remoto.

O prefeito Bruno Covas ainda não informou quando as aulas regulares poderão ser ministradas presencialmente. Na normativa publicada pela pasta, foi destacado que “nenhuma atividade formal pode ser retomada antes de 3 de novembro“.

Vale ressaltar que essas atividades extracurriculares permitidas não poderão ser contabilizadas nas 800 horas ou 200 dias letivos exigidos na Lei. Elas são de caráter facultativo.

Além das regras de duração e frequência das atividades, a prefeitura informou que as instituições podem receber apenas 20% de sua capacidade de estudantes por turno.

As atividades devem seguir o horário de quem está matriculado. Alunos da manhã só podem fazer as atividades pela manhã e assim por diante.

O presidente do Sindicato dos Professores da Rede Municipal de SP, José Donizete Fernandes, se pronunciou sobre a decisão da prefeitura e disse que o formato não atende às necessidades das famílias.

“É uma decisão inócua, não resolve nenhuma das questões importantes. Parece só atender a pressão das escolas particulares”, disse.

Segundo Donizete, o horário de duas horas proposto é insuficiente. “Não ajuda na organização domiciliar. Também não dá segurança, porque voltar sem oferecer de fato o que a escola deve oferecer, que são as aulas?”, questionou.

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