Pesquisa mostra como os valores do auxílio emergencial estão sendo utilizados pelos beneficiários. Nessa semana, o Nubank liberou um levantamento realizado com cerca de 500 mil clientes que estão recebendo valores do coronavoucher. De acordo com a fintech, grande parte dos segurados estão suprindo suas necessidades básicas com os recursos ofertados pelo governo. Abaixo, saiba para onde está indo esta quantia.
A liberação do auxílio emergencial vem sendo realizada desde o mês de abril. O governo federal está pagando cerca de R$ 600 para milhares de brasileiros que tiveram suas fontes de renda cortadas na pandemia.
Dessa forma, o Nubank realizou um estudo visando entender a principal forma de uso do benefício.
O levantamento ocorreu entre os dias 20 de abril e 29 de maio, época em que o valor não estava sendo depositado obrigatoriamente no Caixa Tem.
Pode-se perceber que a grande maioria dos recursos foram destinados para os pagamentos de contas e tiveram uma boa utilização em débito, tendo em visto as desvantagens do parcelamento para compras.
“Identificamos que o valor do auxílio emergencial está sendo usado para suprir necessidades financeiras imediatas, como despesas da casa e supermercado, o que reforça uma boa gestão financeira do benefício”, afirma David Vélez, CEO do Nubank.
Utilização de boletos
Uma parte significativa dos entrevistados, cerca de 368%, utilizaram o valor recebido para pagarem seus boletos. De acordo com o Nubank, um a cada seis clientes também utilizou o recurso para pagar as faturas dos cartões de crédito.
Limitação dos gastos
Outra inferência também feita foi a identificação do aumento dos serviços de depósito. Os recursos utilizados são equivalentes a cerca de 25% do valor total do auxílio. Os demais 75% foram usados ao longo do mês em demais serviços.
Por fim, despesas relacionadas a serviços tidos como não essenciais apresentaram a menor taxa de utilização.
“Os clientes que recebem a Renda Básica Emergencial não parecem alterar seus padrões de consumo no cartão de crédito, pois, como sabem que o auxílio tem data para acabar, não consideram essa renda no orçamento familiar futuro”, informaram o engenheiro Alan Scoralick Torres, analista sênior de negócios do Nubank, e a economista Rafaela Nogueira, da área de Relações Institucionais do banco.