Ministério da Economia prevê déficit primário de R$861 bilhões neste ano

Nesta terça-feira (22), o Ministério da Economia aumentou as expectativas das projeções para o déficit primário do governo central, composto pelo Tesouro Nacional, Banco Central (BC) e Previdência, para R$861 bilhões em 2020, de acordo com relatório de receitas e despesas do quarto bimestre.

Ministério das Economia prevê déficit primário de R$861 bilhões neste ano
Ministério das Economia prevê déficit primário de R$861 bilhões neste ano(Foto: Google)

O anúncio, geralmente feito com entrevista coletiva dos principais secretários que cuidam da área fiscal do governo, se restringiu a apenas um documento oficial e uma nota à imprensa publicados pela pasta às 19h25, quando já havia sido publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU).

A projeção anterior, do relatório do terceiro bimestre que foi anunciado no final de junho, era de um déficit primário de R$787,45 bilhões. O cálculo recente projetou uma diminuição do Produto Interno Bruto (PIB) nacional de 4,7%, com valor nominal de R$7,19 trilhões, sustentada pela Secretaria de Política Econômica do governo na última semana. 

Projeções das instituições financeiras

As instituições financeiras estão esperando uma diminuição de 5% no PIB do Brasil, de acordo com a última versão do Boletim Focus, que foi liberado pelo Banco Central (BC).

A meta de déficit não terá necessidade de ser cumprida pelo governo federal, ela está fixada em R$124,1 bilhões em 2020, por causa do colapso público que se deve a pandemia do Covid-19. 

O governo ainda apontou no relatório o aumento das despesas primárias calculadas para 2020 em R$63,598 bilhões, a R$2,046 trilhões, afetando a extensão do auxílio emergencial até dezembro, com o valor reduzido.

Para a receita líquida, a conta diminuiu em R$9,955 bilhões, a R$1,185 trilhão.

Projeções do governo para a inflação e a Selic este ano

As expectativas em cima do valor da inflação, que é definida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), estava em 1,6 no relatório feito no bimestre anterior, e oscilou tendo um saldo de 1,8% atualmente.

As estimativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) também aumentaram de 2,1 % para 2,4%.

A projeção da equipe econômica do governo federal para a taxa básica de juros foi mantida no nível de 2,6% ao ano. A taxa Selic encontra- se em 2% ao ano.