Políticos estudam criação de “renda básica” após fim dos planos com Renda Brasil

Com o anúncio do Presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), na última terça-feira (15) do fim do Renda Brasil, parlamentares defendem a ideia de criar uma renda básica para todos os brasileiros.

Políticos estudam criação de "renda básica" após fim dos planos com Renda Brasil
Políticos estudam criação de “renda básica” após fim dos planos com Renda Brasil (Imagem: Martin Fuhrmann)

O Renda Brasil tinha como objetivo substituir o programa de origem petista, Bolsa Família, unificando e ampliando outros programas sociais.

Porém, na terça-feira (15), após o anúncio de possível congelamento no salário de aposentados para bancar o novo programa, o presidente Bolsonaro divulgou um vídeo em suas redes sociais afirmando o fim do novo programa.

“Até 2022, no meu governo, está proibido falar a palavra Renda Brasil. Vamos continuar com o Bolsa Família e ponto final.”, disse.

Essa ação veio após diversas discursões com a equipe econômica do Ministro da Economia, Paulo Guedes.

Em agosto, Jair Bolsonaro já tinha criticado em público as propostas defendidas por Guedes de eliminar alguns benefícios sociais, como o abono salarial, para abrir espaço no Orçamento e garantir o pagamento do novo programa. O presidente afirmou que não tiraria dinheiro dos pobres para dar aos paupérrimos.

Renda Básica

No mês de julho, devido à pandemia, foi criado a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Renda Básica, formada por mais de 200 deputados e senadores.

Mesmo com o fim da proposta do Renda Brasil, os parlamentares estão lutando para a criação de uma renda básica permanente. Além disso, pedem a ampliação do Bolsa Família.

A deputada Tabata Amaral (PDT-SP) é uma dos integrantes da frente e destacou, “Não podemos abrir mão de um debate amplo sobre a renda básica permanente, mas essa pode ser uma oportunidade para tornar o Bolsa Família uma política de Estado, mais moderno e atualizado.”

“A renda básica é para todas as pessoas, não importa sua origem, raça, sexo, idade, condição civil ou mesmo socioeconômica. Vai pagar aos que têm maior riqueza e renda? Sim, eles vão receber, mas virão a contribuir proporcionalmente mais para que eles próprios e os demais venham a receber”, afirmou Eduardo Suplicy (PT-SP), ex-senador e atual vereador em São Paulo.

Segundo Suplicy a Renda Básica seria financiada por novos impostos voltados para a criação de um fundo público.

“O Congresso está se preparando para votar uma reforma tributária. A expectativa é que as pessoas com maior renda e patrimônio possam financiar uma renda básica”, disse o ex-senador.

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Glaucia Alves
Formada em Letras-Inglês pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Atuou na área acadêmica durante 8 anos. Em 2020 começou a trabalhar na equipe do FDR, produzindo conteúdo sobre finanças e carreira, onde já acumula anos de pesquisa e experiência.