A briga entre os peritos médicos e o governo está atrapalhando a realização das perícias médicas nas agências do INSS. As unidades foram reabertas nesta segunda-feira (14) para atendimento presencial, depois de pelo menos cinco meses fechadas por conta da pandemia do novo coronavírus.
Os peritos estão alegando que os postos não estão preparados para que eles possam atender com segurança, inclusive com os equipamentos de proteção individual (EPIs), como luvas, máscaras e tocas estão com os prazos de validade vencidos.
A direção do INSS completa que essa justificativa não é verdadeira e para provar isso, as equipes técnicas estão realizando vistoria em todas as 151 agências que foram autorizadas a prestar o serviço no país, desde segunda-feira.
Na manhã desta terça-feira (15), o Secretário Especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, o secretário de Previdência, Narlon Gutierre e o presidente do INSS, Leonardo Rolim, fizeram inspeção nas instalações de um posto central, em Brasília.
Os representantes dos peritos foram convidados para fazer parte da visita, mas não compareceram.
Bianco destacou que a agência está equipada e afirmou que o posto vai voltar a fazer perícias médica. Se os peritos não comparecerem para realizar as suas atividades vão levar falta, podendo ter descontos em seus salários.
“Vamos olhar em loco o que está acontecendo e demonstrar para todo mundo que todos os protocolos estão sendo atendidos. E não é só nessa agência, em todas. Chega numa hora em que a gente não pode mais ceder. O nosso objetivo é muito claro, preservando vidas, nós vamos prestar o atendimento. Que fique muito claro, nós vamos prestar o atendimento”, disse.
O secretário de Previdência, Narlon Gutierre reconheceu que o governo cometeu falhas na inspeção dos peritos que aconteceu na semana passada. De acordo com ele, diversos itens do EPIs não foram encontrados pela fiscalização, mas já haviam sido comprados.
Das 1.560 agências do INSS espalhadas pelo país, apenas 540 foram reabertas depois de adotar os protocolos de segurança. Apesar disso, nem todas essas agências oferecem o serviço de perícia médica.
São cerca 600 mil pessoas que estão na fila esperando para realizar o exame, são pessoas tiveram o benefício negado ou sofreram algum problema de saúde recente.