Crédito imobiliário do Itaú ligado ao rendimento da poupança é uma boa opção? Conheça

Na última quinta-feira (10), o banco Itaú lançou uma nova modalidade de crédito imobiliário, com correção pelo rendimento da poupança, mais uma taxa fixa de 3,99% ao ano, sendo a menor do mercado. A  condição é valida unicamente para imóveis residenciais novos. Confira, a seguir, se vale ou não a pena apostar nessa novidade.

O crédito imobiliário do Itaú segue uma taxa que segue a variação do índice da poupança, de forma a possibilitar compras com financiamento de até 90% do valor do total do imóvel. A condição é valida unicamente para imóveis residenciais novos.

Por estarmos com o rendimento da poupança baixo e a taxa Selic em uma mínima histórica, a linha de crédito pode ser uma grande opção. Sendo assim, seria pago uma taxa fixa anual de 3,99% e o rendimento da poupança como indexador. De acordo com os valores atuais, o cliente pagaria hoje uma taxa de 5,39% (3,99% mais 1,4%).

Será possível financiar os 90% de um imóvel em até 30 anos, sendo os outros 10% como entrada. Conforme o tempo, as parcelas diminuem, pois o crédito usa o Sistema de Amortização Constante (SAC). O FGTS também pode ser usado como forma de pagamento dessa parcela.

Avaliação

Como essa opção conta com uma taxa flutuante, mesmo que limitada a 10,2%, os valores podem subir conforme o tempo. Caso os juros aumentem, a remuneração da poupança também teria alta e, consequentemente, o financiamento pode fugir do orçamento de cada família. Dessa forma, deve-se haver maior análise antes do uso.

Considerando que o financiamento pode acontecer em até 30 anos, fica muito difícil prever no longo prazo. Atualmente, a Selic está em 2%, mas com previsão de alta. De acordo com o boletim Focus do Banco Central, a expectativa para dezembro de 2021 sobre os juros básicos é de aumento para 2,88%.

Segundo o economista Fábio Tadeu Araújo, em entrevista ao InfoMoney, “quem não está disposto a tomar risco pode optar pela taxa de juros fixa. Naturalmente, essa pessoa vai pagar mais caro, mas vai correr menos risco no curto prazo. Além do de que ela pode se proteger caso a inflação ou a taxa de juros, que sempre andam juntas, voltem a subir muito”.

Silvio SuehiroSilvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.