Escolas particulares ganham ajuda do governo para passar crise do Covid-19

PONTOS CHAVES

  • Governo avaliar criar auxílio para manutenção das escolas privadas
  • Projeto está sendo avaliado no Senado
  • Instituições poderão receber até R$ 10 mil

Projeto de lei visa garantir recursos públicos para as escolas da rede privada. Com a pandemia do novo coronavirus, os centros de educação precisaram fechar suas portas e alterar seus cronogramas de atividades. Para as instituições privadas, a situação resultou em uma crise financeira, tendo em vista que com as aulas suspensas muitos alunos cancelaram suas matriculas. Dessa forma, visando evitar um colapso no setor, o Senado está avaliando uma proposta com liberação de cerca de R$ 3 bilhões.

Escolas particulares ganham ajuda do governo para passar crise do Covid-19 (Imagem: Google)
Escolas particulares ganham ajuda do governo para passar crise do Covid-19 (Imagem: Google)

O covid-19 segue gerando impactos econômicos e de saúde em todo o país. O assunto permanece sendo a principal pauta pública e está sendo responsável pela criação de uma série de projetos de liberação fiscal. Para as escolas da rede privada, avalia-se a possibilidade de criar um auxilio mensal de até R$ 10 mil.

De autoria do senador, Jorginho Mello (PL-SC), o texto foi relatado pela senadora e Daniella Ribeiro (PP-PB) e deseja conceder pagamentos entre R$ 3 e R$ 10 mil para evitar que os centros de ensino fechem as portas.

No entanto, antes de ser validado, precisará passar pelo crivo do ministério da economia que está realizando uma série de cortes nas despesas públicas, incluindo um reajuste de R$ 1 bilhão negativo para o Ministério da Educação (MEC).

Sobre o projeto

A proposta deverá contemplar as instituições de ensino privada que, em 2019, tiveram um faturamento anual igual ou menor que R$ 4,8 milhões.

Para poder receber a quantia, será preciso que o centro esteja ofertando todas as medidas de isolamento e distanciamento social e mantenha seu cronograma letivo.

Além disso, as escolas também ficaram impossibilitadas de demitirem seus funcionários enquanto estiverem recebendo o benefício. Porém, poderão aderir ao projeto federal de redução de jornada e salário em 25%, 50% ou 70%.

Nesse caso, os servidores permaneceram recebendo seus pagamentos em valor total, mas a quantia será de responsabilidade do governo e não do centro de ensino. Além disso, a isenção só poderá ser aplicada dentro do período do estado de calamidade pública.

Por fim, visando garantir o funcionamento das instituições, o projeto sugere ainda que o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) forneça consultorias gratuitas para os gestores escolares.

Escolas particulares ganham ajuda do governo para passar crise do Covid-19 (Imagem: Google)
Escolas particulares ganham ajuda do governo para passar crise do Covid-19 (Imagem: Google)

Parcelas de R$ 3 mil a R$ 10 mil

A definição exata do valor levará em consideração o lucro obtido pela escola ao longo de 2019. Dessa forma, quanto maior for a renda da instituição, menor será o auxílio ofertado.

A quantia mínima ficará em torno de R$ 3 mil e a máxima de R$ 10 mil. Por fim, será preciso avaliar também o número total de alunos matriculados para assim entender as despesas administrativas para garantir o funcionamento das atividades.

Outro ponto importante para a obtenção do auxílio é que as escolas contempladas terão a obrigação de oferecer bolsas de ensino em 2022. O valor total das bolsas deverá ser equivalente a quantia ofertada pelo governo durante o período de calamidade pública. Além disso, as matrículas deverão contar com um reajuste de até 5%.

Tramitação do projeto

Apesar de estar pronto, o texto ainda poderá ser modificado. De acordo com a líder do projeto Cidadania, Eliziane Gama (MA), é preciso que sejam delimitados os pontos sobre a demissão de professores, sem justa causa, para evitar uma desvalorização da classe.

A gestora reforça que com os auxílios concedidos pelo governo federal, os donos das instituições deverão ficar impossibilitados de desligarem seus funcionários.

Ainda não se sabe o prazo de validação do projeto, mas este deve ser aceito rapidamente tendo em vista que o fim do estado de calamidade pública está previsto para o mês de dezembro.  

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Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.