Elevação da cesta básica é influenciada pelo auxílio emergencial, afirma o governo. Em entrevista para a Globo News, o vice presidente Hamilton Mourão afirmou que o alto preço do arroz deve ser atribuído a distribuição das novas parcelas do coronavoucher. De acordo com ele, a injeção financeira vem ampliando a lei da oferta e da procura, tendo em vista que a população agora passar a ter mais recursos na hora de ir ao supermercado.
Para os brasileiros que estão indo aos supermercados, foi possível notar que o preço da cesta básica subiu consideravelmente. O arroz está entre os produtos mais caros e a justificativa do governo federal é que se trata de uma reação da cadeira produtiva que está ciente das novas liberações financeiras pelo auxílio emergencial.
Questionado sobre o assunto, Mourão garantiu que a elevação será passageira, mas que nada mais é do que um reflexo da injeção econômica aplicada por sua gestão.
Para ele, a partir do momento em que novos auxílios são liberados, o povo passa a ter valores até então não disponíveis e assim amplifica seu poder de compra.
“Uma porção de gente está comprando porque o dinheiro que o governo injetou na economia foi muito acima do que as pessoas estavam acostumadas, tanto que está havendo grande compra de alimentos e de material de construção. As pessoas estão se alimentando melhor e melhorando suas casas, essas são duas áreas nas quais está havendo bastante gasto”, afirmou o vice-presidente em Brasília.
Dólar contribui para este cenário
O gestor lembrou também que as exportações de arroz estão maiores mediante a elevação do preço do dólar. O produto vem se tornando cada vez mais atrativo em outros países o que amplifica a busca no mercado interno.
“Também estamos vendendo bastante para o mercado externo. A área plantada de arroz nos últimos anos diminuiu porque os arrozeiros tiveram muito prejuízo, aí o cara muda de ramo. Agora eles estão replantando”, disse.
Reajuste temporário
Ainda sobre o mesmo assunto, o governo garantiu que a elevação dos preços será de forma temporária. Quanto a isso, o secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida explicou que mais a frente a cadeira produtiva reduzirá as cobranças mediante o fluxo continuo de compras.
“A recente alta dos preços de alguns alimentos é uma alta transitória e localizada. Ela decorre sobretudo das transferências de recursos para parcelas mais pobres da população, no esforço que o governo fez para combater os efeitos da crise do coronavírus”, afirmou Sachsida.