Na última semana, o presidente Jair Bolsonaro confirmou que o auxílio emergencial será prorrogado até dezembro deste ano. O valor das novas parcelas pode ser de R$ 300. Os detalhes constam de uma medida provisória (MP), segundo fontes do Palácio do Planalto.
Em contrapartida a possível proposta das novas parcelas, o ministro da Economia, Paulo Guedes, sempre defendeu R$ 200. O presidente, no entanto, considerou o valor insuficiente e optou por um meio-termo.
“O auxílio foi bem-vindo. Infelizmente, não pode ser definitivo. Mas vamos continuar com ele mesmo que seja com valores diferentes até que a economia realmente possa ‘pegar’ no nosso país”, declarou Bolsonaro.
O auxílio emergencial foi criado em abril por meio de uma Lei de iniciativa do Congresso Nacional. Inicialmente, a ajuda de R$ 600 seria paga por três meses a informais, microempreendedores individuais, autônomos desempregados, além dos beneficiários do Bolsa Família.
Por conta das incertezas e demora da retomada da atividade econômica, o auxílio foi ampliado por mais dois meses no valor de R$ 600, no fim de junho.
A proposta é ajudar a população brasileira durante a crise na economia provocada pela pandemia do coronavírus.
Avaliação do governo sobre o auxílio emergencial
De acordo com a avaliação da equipe econômica do Governo Federal, as pessoas necessitam da ajuda emergencial, contudo, o custo elevado do programa dificulta sua continuidade. Segundo a avaliação, são investidos no auxílio emergencial cerca de R$ 50 bilhões por mês.
Por conta do valor elevado, partes do governo passaram a defender que o repasse aos beneficiários fosse menor em suas próximas parcelas. Nesse sentido, será preciso um esforço da base de apoio no Congresso para aprovar a MP.
O intuito do Governo é de que, a partir de janeiro, a população mais vulnerável seja coberta pelo Renda Brasil. O programa de repasse de renda vai substituir o Bolsa Família.
O custo do auxílio emergencial está estimado em R$ 254,4 bilhões e até agora já foram desembolsados R$ 182,87 bilhões, segundo dados do Ministério da Economia. A Caixa Econômica Federal paga neste mês a quinta parcela do auxílio.