Juros baixos do empréstimo usando imóvel como garantia explicam crescimento da modalidade

Realizar empréstimo com garantia de imóveis tem crescido no país, devido o longo prazo e a agilidade. De acordo com bancos e start-ups que oferecem esse serviço, o aumento foi de 45% nos últimos meses.

Juros baixos do empréstimo usando imóvel como garantia explicam crescimento da modalidade
Juros baixos do empréstimo usando imóvel como garantia explicam crescimento da modalidade (Imagem: Reprodução/Google)

O Home Equity, ou seja, o empréstimo que tem imóvel como garantia teve alta comprovada pelo Banco Central. Esse aumento é devido aos juros mais baixos e prazo longo para pagar. Há instituições que dão um prazo de até 20 anos.

Mesmo com o aumento, o Brasil ainda tem um número de contratos considerado baixo, pois apenas 100 mil pessoas optaram por esse modelo de empréstimo. Porém, acredita-se que essa modalidade tende a se popularizar no país.

De acordo com Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, a expectativa é que no próximo ano, com a popularização do home equity, haja o aumento na procura passando do investimento de R$ 11 bilhões no último ano para R$ 500 bilhões.

O presidente do Banco Central acredita que com a taxa básica de juros (Selic) em 2%, marca histórica nunca tão baixa, e empréstimos com garantia de imóveis com 10% ao ano são pontos que farão crescer o número.

Como funciona o empréstimo com a garantia do imóvel?

O empréstimo pode ser de até 60% do valor do imóvel. Caso não ocorra o pagamento da dívida o banco recebe o imóvel. O proprietário é notificado quinze dias antes através de oficial de cartório.

Durante esse prazo é possível realizar a regularização da pendência, porém, caso não seja realizada a quitação da dívida, o banco toma o imóvel. Essa ação ocorre após três parcelas das prestações ficarem em atraso.

De acordo com dados do Banco Central, cerca de 5% dos empréstimos no home equity mostraram inadimplência durante o mês de maio. Esse percentual é muito alto, principalmente, se comparado a outras formas de financiamento usando imóveis que foi de 1,34%.

Tanto o aumento pela procura desse tipo de empréstimo como a inadimplência está relacionado com a crise econômica que o Brasil vem passando devido à pandemia de Covid-19. Com isso, muitos proprietários de pequenas empresas têm recorrido a essa modalidade para salvar seus negócios.

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Glaucia Alves
Formada em Letras-Inglês pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Atuou na área acadêmica durante 8 anos. Em 2020 começou a trabalhar na equipe do FDR, produzindo conteúdo sobre finanças e carreira, onde já acumula anos de pesquisa e experiência.