Empréstimo: IBGE divulga pesquisa com alta na procura por crédito

A crise econômica decorrente da pandemia mundial do coronavírus, fez com que cerca de 4 milhões de pessoas pelo Brasil tivessem que recorrer a algum tipo de empréstimo entre os meses de maio e julho. As informações foram divulgados hoje (20) pelo IBGE.

Empréstimo: IBGE divulga pesquisa com alta na procura por crédito
Empréstimo: IBGE divulga pesquisa com alta na procura por crédito (Foto: Google)

Os dados apontaram também que:

  • Subiu, em comparação com junho, o percentual de domicílios que receberam auxílio emergencial
  • Houve um aumento de 20,9% do número de desempregados no país em três meses de pandemia.

Deste total de empréstimos que foram pedidos em meio a pandemia, 3,3 milhões foram libertados e 762 foram negados.

“Entre os que solicitaram e não conseguiram empréstimo, 59,2% pertencem as duas classes de rendimento mais baixas, que recebem menos de um salário mínimo”, explicou Maria Lúcia Viera, a gerente da pesquisa.

Segundo os dados do IBGE, a maior fonte de empréstimos foram os bancos e demais instituições financeiras (75,7%). Cerca de 23,6% de famílias que tiveram que contar com algum empréstimo financeiro, algum membro pegou o dinheiro com amigos ou parentes.

Auxílio Emergencial

Ainda de acordo com os dados obtidos pelo IBGE, 30,2 milhões de domicílios no Brasil, o que equivale a 44,1% do total, se beneficiaram de algum auxílio emergencial criado em meio a pandemia no mês passado. Este dado equivale a 813 mil casas beneficiadas, quando comparado ao mês de junho.

O percentual de domicílios se beneficiando do auxílio subiu em todas as grandes regiões, sendo os maiores no Norte (60,6%) e Nordeste (59,6%). No Sul, 30,9% dos lares receberam o benefício. O valor médio do auxílio subiu, indo de R$ 885 para R$ 896.

O rendimento médio real domiciliar per capita que foi efetivamente recebido no mês passado foi de R$ 1.271. O valor ficou 2,9% maior do que registrado em junho (R$ 1.236). As regiões Nordeste e Norte ficaram com os valores mais baixos, R$ 899 e R$ 903, respectivamente.

Já o rendimento médio domiciliar per capita de lares onde nenhum dos membros da família recebia algum auxílio do governo liberado em decorrência da pandemia (R$ 1.760) era, em média, mais de duas vezes maior ao daqueles onde algum membro recebia o auxílio (R$ 797). A proporção se manteve nas cinco regiões.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.