Nubank tem prejuízo de 212% em um ano mesmo com crescimento do mundo digital

Considerada uma das principais fintechs financeiras do mercado nacional, Nubank fecha o ano com um prejuízo de mais de R$ 300 milhões. Na última semana, a marca divulgou um balanço total de sua contabilidade em 2019. De acordo com os números, mesmo com o aumento das vendas em todos os segmentos de atuação, a receita total gerada através dos recursos enviados pelos clientes subiram 156%, resultando em um valor de R$ 528 milhões.   

Nubank tem prejuízo de 212% em um ano mesmo com crescimento do mundo digital (Imagem: Google)
Nubank tem prejuízo de 212% em um ano mesmo com crescimento do mundo digital (Imagem: Google)

Entre os anos de 2018 e 2019, a perda financeira do Nubank foi de 211,8%. Dessa forma, seu prejuízo líquido foi de R$ 100,9 milhões para R$ 312,7 milhões. O que significa dizer que, mesmo ampliando seus serviços e números de clientes, a empresa ainda teve uma quebra significativa em seu faturamento.  

Segundo os dados compartilhados pela Nu Pagamentos S.A (nome oficial da marca), o principal setor em evolução foi o de depósitos, através da Nu Conta. Além disso, a aplicação de recursos por meio dos títulos e valores mobiliários também ficaram em destaque.

No que diz respeito ao seu relatório de prestação de serviço, a fintech teve tarifas de intercâmbio com mais de R$ 914,6 milhões em 2019, o que significa um aumento de 90% em relação ao mesmo período de 2018. 

Ampliação dos gastos do Nubank  

Aumentando sua receita, a marca também aumentou suas despesas. O relatório mostrou que a intermediação financeira avançou em 6,7% para R$ 841,4 milhões. Já os gastos com o pessoal foram amplificados em 88%, para R$ 340,32 milhões. 

“O aumento nas despesas financeiras deve-se principalmente à provisão para aumento de crédito de liquidação duvidosa, que aumentou 53%, enquanto os saldos de valores a receber cartão de crédito no ativo aumentaram 76%”, disse o Nubank, que tinha uma reserva de R$ 747 milhões para suprir possíveis emergências.  

Na área administrativa, o crescimento orçamentário foi de 202,4%, para R$ 1,03 bilhão. No setor operacional, o reajuste foi de R$ 237,5 milhões para R$ 652,3 milhões. Dessa forma, os gastos totais pioraram em 285,3%, gerando um prejuízo operacional de R$ 443,5 milhões em 2019. 

Para 2020, a expectativa e positiva, tendo em vista que a instituição vem ampliando seus serviços e números de clientes.  

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Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.