Prefeitura do Rio de Janeiro sugere marcação nas areias para ocupação das praias

Marcelo Crivella, o prefeito do Rio de Janeiro, disse ontem (11) que a ideia de delimitar os espaços na areia das praias em quadrantes, tem a finalidade de evitar que se formem aglomerações de pessoas. Ele afirmou que nos próximos dias todas as informações da medida serão publicadas.

Prefeitura do Rio de Janeiro sugere marcação nas areias para ocupação das praias
Prefeitura do Rio de Janeiro sugere marcação nas areias para ocupação das praias (Imagem Google)

O prefeito disse que os espaços serão ocupados por ordem de chegada e que um aplicativo de marcação de “vagas” deve ser usado por idosos e pessoas com deficiência porque “elas não podem permanecer na fila”. Os quadrantes serão marcados com faixas que serão entregues aos frequentadores.

Cada um vai ter o seu quadrado. Chegou na praia no local demarcado, pega o quadrado, leva para areia e fica ali só ele e a família dele. O outro quadrado vai ter que estar em uma distância de dois, três passos daquele ali. As regras todas vão ser publicadas”, explicou Crivella.

Todas as regras do projeto de delimitação estão a cargo do Comitê Científico e serão publicadas nos próximos dias.

O prefeito do Rio de Janeiro ressalta que mesmo não sendo o melhor momento para liberar a recreação nas praias devido ao coronavírus, atualmente as pessoas estão se aglomerando sem o uso de máscaras.

Perguntado como a prefeitura pensa em evitar a superlotação nas praias, Crivella disse que vai contar com o apoio da imprensa e com a educação do povo. Ele reconhece que o poder público não da conta de fiscalizar totalmente o cumprimento das determinações.

Proposta sofre criticas

Porém nem tudo são flores e a ideia da prefeitura vem sendo criticada por especialistas e também por frequentadores. O infectologista Roberto Medronho afirma que o projeto provavelmente terá efeito inverso e vai causar ainda mais aglomerações.

“Se nós já estávamos tendo aglomerações com a faixa de areia proibida, agora eu acredito que aumente a aglomeração nestes espaços, pela falta de fiscalização e pelo fato das pessoas irem à praia com uma das grande motivações de encontrar outras pessoas”, explicou.

Os frequentadores que são contra a medida da prefeitura dizem que é uma forma de passar a responsabilidade para o frequentador.

“O problema é querer passar a responsabilidade para uma outra pessoa, uma empresa, uma terceirização. Não pode dar certo. Daqui a pouco as pessoas vão estar terceirizando os quadrados” disse uma frequentadora.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.