O Ministério da Educação e Cultura (MEC) estima que em 2021 haja um corte na educação de R$ 4,2 bilhões nos gastos não obrigatórios, conhecidos como despesas discricionárias. Dessa maneira, segundo informou o MEC, a redução será de 18,2% em relação ao ano de 2020.
O corte prevista para 2021 será para todas as áreas da educação, sendo assim atingirá escolas, institutos federais e universidades. Só essas últimas receberão um corte de R$ 1 bilhão. De acordo com a Andifes esse corte pode prejudicar a pesquisa e o ensino.
A proposta de redução do investimento realizado pelo MEC veio do Projeto de Lei Orçamentária Anual para 2021 feita pelo Ministério da Economia. A proposta foi aceita pelo MEC, porém ainda precisa passar pelo Congresso Nacional para que seja aprovado.
Segundo o governo essa redução nos valores repassados aos ministérios atingirá a todas as áreas e é consequência da pandemia do COVID 19 que o mundo vive atualmente. Diante de tal situação será necessário realizar uma otimização do dinheiro público e saber priorizar.
Corte na educação
A grande preocupação dos profissionais da educação é que essa redução das despesas do governo com a educação não aconteceu só agora, pois, de acordo com os números de repasse para os ministérios, o setor já vem sofrendo redução há alguns anos.
Para ter uma noção, em 2016 o valor gasto com a pasta no Brasil foi de R$ 100 bilhões, porém em 2019 esse valor já indicou queda chegando a R$ 92,37 bilhões. O que é importante perceber é que em outros países o investimento na educação só vem aumentando.
Não é segredo para ninguém que investir em pesquisa e qualidade de ensino é a melhor alternativa para qualquer país que quer ter desenvolvimento tecnológico, econômico e científico, exemplo disso, a Finlândia que investe grande parte de seu Produto Interno Bruto (PIB) para a educação.
Esse país tem o sistema educacional reconhecido em todo o mundo por sua eficiência e qualidades em todas as modalidades de ensino. Enquanto o Brasil investe 4,7% do PIB a Finlândia investe 50%.
Dessa maneira, para cada aluno brasileiro é investido três mil dólares por ano, já os estudantes finlandeses recebem quase 10 mil dólares por ano.