IRPF: Tesouro Nacional faz avaliação negativa sobre ampliar faixa de isenção do imposto

Alterações no Imposto de Renda poderá prejudicar brasileiros mais pobres, diz estudos. Nessa semana, a Secretaria do Tesouro Nacional se pronunciou sobre a decisão do ministério da economia de amplificar a faixa de isenção do IRPF. De acordo com o comunicado, a decisão poderá agravar o processo de distribuição de renda no Brasil, fazendo com que os menos favorecidos fiquem descobertos pelos projetos sociais. 

IRPF: Tesouro Nacional faz avaliação negativa sobre ampliar faixa de isenção do imposto (Imagem: Reprodução – Google)

De acordo com os dados levantados pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2019, o Brasil é o segundo país com a maior desigualdade de renda do mundo. Sua parcela 1% mais rica diz respeito à 28,3% da renda nacional total.

Desse modo, caso as faixas de isenção do IRPF sejam aprovadas, prejudicará a administração dos projetos sociais, tendo em vista que o valor arrecado é utilizado pelo governo federal para custear os benefícios.  

“Alterações sobre o Imposto de Renda podem ser progressivas ou regressivas. Rever isenções sobre o IRPF é exemplo de medida progressiva e reduz distorções. Por outro lado, o aumento da faixa de isenção do IRPF, é, sim, uma medida regressiva, ou seja, tende a piorar a distribuição de renda ao favorecer as parcelas mais ricas da população. O resultado líquido dessas duas medidas depende do desenho da reforma tributária que venha a ser feita”, afirmou o Tesouro Nacional.  

Guedes confirma nova faixa do IRPF 

Nessa quarta-feira (05), ao ser questionado sobre a possibilidade de aumentar o número de isentos do IRPF, Guedes confirmou a medida.

Segundo ele, a decisão já teria sido acatada pelo presidente Jair Bolsonaro, de modo que a partir de agora o imposto só passe a ser cobrado para pessoas com renda superior a R$ 3 mil mensais.  

“Custa um Fundeb [fundo que financia a educação básica, em valores repassados pelo governo até 2026]. E a classe política tem que decidir isso. Não é o ministro da Fazenda. O congressista é eleito para tomar essa decisão. Todo ano ele tem que decidir. Reajustando todas as faixas [da tabela do IR], vai para R$ 36 bilhões [o impacto nas contas públicas]”., disse Guedes. 

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Eduarda AndradeEduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.
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