No trimestre encerrado no mês de julho, a taxa oficial de desemprego no Brasil aumentou para 13,3%. Porcentagem representa 12,8 milhões de trabalhadores e um fechamento de 8,9 milhões de postos de trabalho num período de três meses. Este aumento é decorrente da pandemia do coronavírus.
Este resultado significa uma alta de 1,1 ponto percentual quando comparado com trimestre anterior encerrado em março (12,2%), e de 1,3 ponto percentual em comparação com o mesmo trimestre do ano passado (12%).
Estes dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD Contínua), divulgada ontem (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Este índice representa a maior taxa de desemprego desde o trimestre encerrado em maio de 2017, quando também bateu 13,3%. Esta alta só não foi mais expressiva porque muitas pessoas deixaram de buscar um emprego ou não estava disponível em meio a pandemia.
Principais destaques da pesquisa do IBGE
- Brasil atinge maior taxa de desemprego dos últimos 3 anos (13,3%)
- Brasil fechou 8,9 milhões de postos de trabalho em apenas 3 meses. Desse total, 6 milhões eram informais e 2,1 milhões no comércio
- Ocupação no mercado de trabalho atingiu o menor nível da história
- Número de desalentados atingiu novo recorde de 5,7 milhões
- Neste momento, existem mais desempregados do que empregados
- Queda de 2,9 milhões de empregados com carteira assinada
- Queda de 2,4 milhões de trabalhadores sem carteira assinada
- Queda de 2,5 milhões de trabalhadores por conta própria
- A taxa de informalidade (33,9%) é a menor da série histórica
- População sendo subutilizada bateu o recorde de 31,9 milhões de pessoas
- Massa de rendimentos diminuiu 5,6%, representado uma perda de R$ 12 bilhões no volume em circulação na economia
Queda recorde de ocupados no país
O número de pessoas ocupadas no país sofreu uma redução recorde de 9,6% quando comparada ao trimestre finalizado em março. Com isso, o recorde anterior registrado em maio foi superado. No mês de maio, a taxa foi de 8,3%.
Mesmo com esta alta taxa de desocupados, o número de pessoas desempregadas ficou estável quando comparado ao trimestre de janeiro a março (12,9 milhões de pessoas) e também igual ao trimestre do ano anterior (12,8 milhões de pessoas).