PONTOS CHAVES
- A Caixa está oferecendo empréstimo no sistema home equity
- Esses empréstimo tem como garantia um imóvel
- Para fazer a compra de um imóvel, é necessário ver se vale a pena as taxas ou alugar uma casa e investir o dinheiro
A partir desta segunda-feira (3), a Caixa Econômica Federal está oferecendo uma nova modalidade de empréstimo. O diferencial é que esse sistema usa o imóvel do solicitante como garantia, originalmente o projeto é chamado de home equity.
Nesta nova modalidade, o banco estima multiplicar por 10 sua carteira no setor, atingindo assim cerca de R$40 bilhões.
Em resumo, o home equity é uma linha de crédito em que um imóvel é utilizado como garantia e permite que sejam reduzidas as taxas de juros de crédito pessoal.
O proprietário pode refinanciar a sua casa própria, e usar o dinheiro em forma de empréstimo. É como se ele estivesse vendendo a sua propriedade para si mesmo, e depois será preciso realizar o pagamento em parcelas conforme os juros estabelecidos.
Essa modalidade está disponível para imóveis que não possuem garantia para nenhum outro banco nem para a Caixa.
Poderão ser oferecidos os imóveis residenciais ou comerciais. A contratação pode ser realizada por meio de taxas como TR, IPCA ou taxa fixa.
De acordo com o presidente da Caixa Econômica, Pedro Guimarães, isso permite uma gama de clientes em volume maior.
Veja as condições de cada uma das taxas:
- IPCA – taxa a partir de 0,6% ao mês num prazo de até 15 anos com garantia de até 50% do valor do imóvel
- TR – taxa a partir de 0,7% ao mês num prazo de até 15 anos com até 60% do valor do imóvel
- Taxa fixa – taxa a partir de 0,8% ao mês num prazo de até 15 anos com até 60% do valor do imóvel
Sendo assim, no TR, a taxa máxima será de 0,9%, oferecida independente de qualquer relacionamento com os clientes.
Já no crédito pessoal, os bancos cobram juros de cerca de 80% ao ano, de acordo com o Banco Central. A garantia do imóvel, o juro cairá para uma faixa de 7% a 10% ao ano, mais TR, ou com uso de IPCA ou da taxa fixa anual.
O Banco Central anunciou novas regras que permite o cliente contratar a operação de crédito junto à instituição financeira.
Esse simulador de contratação do empréstimo está disponível no site da Caixa, e a contratação pode ser feita nas agências da Caixas e nas correspondentes Caixa Aqui.
Compra de terrenos e construções
Também começarão a valer as novas taxas que serão reduzidas dos empréstimos para as pessoas físicas para comprar terrenos e construção de imóveis.
Para essa modalidade de financiamento poderão ser financiados valores entre R$ 50 mil e R$ 1,5 milhão, com taxa de juros efetiva de até TR + 8,5% ao ano, com cota de financiamento de até 70% sobre o valor de avaliação do terreno e prazo de até 20 anos para pagamento da dívida.
Já para a aquisição de terreno, construção e construção em terreno próprio, a Caixa vai oferecer taxas de juros customizadas que podem chegar a TR + 6,5% ao ano.
Redução Selic
Mesmo com a queda na taxa de juros básica, a Selic, as taxas de financiamento imobiliário também caíram nos últimos anos.
No ano de 2015, em que a Selic estava em 14,5% ao ano, a taxa de financiamento imobiliário era de 10% ao ano.
Atualmente, com a Selic em 2,25%, os cinco maiores bancos do país, Itaú, Santander, Banco do Brasil e Caixa cobram entre 6,99% e 7,30% ao ano.
No período em que as taxas estavam mais altas, era comum os especialistas falarem que pagar o aluguel era muita mais vantajoso do que fazer um financiamento imobiliário. Pois os juros que estavam incidindo sobre o crédito bancário eram altos e pesavam no bolso.
Apesar de muitas pessoas acharem que o cenário mudou com essa queda dos juros, o cenário é o mesmo.
A melhor opção continua sendo pagar aluguel e investir o dinheiros, do que entrar em um empréstimo com os bancos.
De acordo com o planejador financeiro pela Planejar,Carlos Castro, hoje os investidores devem se esforçar muito mais do que no passado para ter uma rentabilidade maior que a Selic.
“Há uns anos atrás, o brasileiro conseguia retornos atrativos fazendo pouco esforço, com a aplicação na renda fixa, por exemplo. Hoje, ele tem que diversificar mais e tomar mais risco. Não pode ter um perfil conservador.”
Já aqueles que fazem o financiamento imobiliário, deve considerar o chamado custo efetivo total (CET) da operação, que engloba não só os juros nominais do empréstimo, engloba ainda taxas, tarifas administrativas e de crédito, custos de seguros e tributos.
Os bancos possuem autonomia para cobrar o quanto quiserem, contanto que o CET não ultrapasse o teto de 12% ano em contratos do Sistema Financeiro de Habitação para linhas de crédito corrigidas pela TR.
Além de levar em consideração o chamado custo de percentual valorização do imóvel. É comum que aqueles que compram casa e apartamento sobre quanto o valor do imóvel pode ser valorizado no futuro.
Dados do Fipezap apontam que nos últimos seis anos, os imóveis valorizaram cerca de 4% ao ano. Só que a expectativa do mercado era que de 6%.