Presidência do Banco do Brasil segue sem ocupação; Guedes e Bolsonaro sugerem nome

Na segunda-feira (27), o presidente Jair Bolsonaro e o ministro Paulo Guedes se reuniram para discutir a sucessão no Banco do Brasil e chegar a um consenso. A prioridade seria dada para um executivo do mercado e caso nenhum deles aceitasse, o plano B seria uma solução interna.

Presidência do Banco do Brasil segue sem ocupação; Guedes e Bolsonaro sugerem nome
Presidência do Banco do Brasil segue sem ocupação; Guedes e Bolsonaro sugerem nome (Foto:Google)

De acordo com os técnicos do governo alguns executivos foram sondados e acabaram recusando o convite por causa do salário.

Como diretor do banco ou de instituições privadas, eles teriam um salário maior do que na presidência do Banco do Brasil.

O cargo tem um salário fixo de R$68,8 mil, mais uma parte variável que pode dobrar o vencimento mensal. 

Durante o dia foram surgindo novos nomes para essa função. O economista Mateus Bandeira foi um dos nomes mais cogitados para substituir Rubens Novaes que entregou sua carta de demissão na sexta-feira (24).

O economista Mateus foi candidato ao governo do Rio Grande do Sul pelo partido Novo. Ele é ex-presidente do Banrisul, e é visto como “alinhado” a Bolsonaro.

Outro nome levantado foi o de Conrado Engel, que é o atual conselheiro da gestora General Atlantic e com passagem pelos bancos HSBC e Santander.

Neste final de semana, apareceram nomes que já fazem parte da atual direção do Banco do Brasil. 

Entre os nomes estavam Carlos Hamilton Vasconcelos Araújo, vice-presidente de Gestão Financeira e Relação com Investidores; Mauro Ribeiro Neto, vice-presidente corporativo; e o presidente do conselho de administração  do banco, Hélio Magalhães.

O pedido de demissão de Novaes foi informado ao mercado na sexta-feira, por meio de  fato relevante da instituição junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que regula o mercado de capitais brasileiro. No comunicado, o BB informou que a substituição ocorrerá em agosto.

Rubens deixou o cargo sem conseguir a privatização do banco, que era o seu principal desejo. Além disso, ele sai em meio a uma cobrança de Bolsonaro por uma atuação mais incisiva do Banco do Brasil, principalmente na redução dos juros.

O presidente está comparando a situação do BB com a Caixa, que fez uma série de cortes de juros nos últimos meses e tem servido de vitrine para as ações do governo federal.