Investimentos em fundos imobiliários têm sido vistos como uma boa aposta na pandemia. Mesmo vivenciando uma das maiores crises econômicas de sua história, o Brasil está apresentando números positivos no que diz respeito ao setor de imóveis.
Mediante as altas reduções nas taxas de juros, muitos investidores passaram a aplicar suas ações nesse mercado, que registrou uma queda de apenas 33% em comparação com as demais áreas econômicas.
Os fundos imobiliários estão batendo recordes de investimento desde o ano passado. Com a redução nas taxas de juros e a expectativa de retomada do mercado, o setor registrou uma evolução de destaque de mais de 900 mil em plena crise.
Os analistas explicam que, tamanho positivismo só foi possível tendo em vista que a Selic está em sua mínima história de 2,25% ao ano. Tal redução faz com que o investimento imobiliário se torne ainda mais atraente, tendo em vista que os acréscimos de suas parcelas estão consideravelmente inferiores.
Como investir nos fundos imobiliários
Se você deseja aplicar nesse setor, é uma boa hora para começar a avaliar os cenários. No entanto, fique atento pois nem todos os imóveis estão apresentando números positivos.
Loteamentos destinados a shoppings, hotéis, entre outros estabelecimentos de maior porte, por exemplo, foram amplamente afetados pela pandemia e seus valores estão negativados.
— Esses setores ficaram inclusive sem pagar dividendos, pois não tiveram receita por estarem fechados. Parte da rentabilidade desse tipo de fundos também é por venda e ocupação. Devem ser os setores que mais vão demorar mais a voltar, só em 2022 — diz Márcio Rocha, gestor da gestora RB Capital Asset.
Já na área de imóveis de aluguel residencial, as possibilidades são maiores uma vez em que seus contratos não sofreram tantas modificações.
Para os inquilinos, há a possibilidade de aplicar uma carência de pagamento ou desconto temporário, mas nada que resulte em uma perda financeira.
De acordo com os números levantados pela Economática, os investimentos totais nos rendimentos de aluguéis foram reajustados em 7,2% ao ano de 2019 para 6,2% ao ano atualmente.