Minha Casa Minha Vida adia prazo para pagamento das parcelas do financiamento

PONTOS CHAVES

  • Minha Casa Minha Vida tem parcelas suspensas
  • Pagamento foi prorrogado mediante pandemia do novo coronavírus
  • Beneficiários devem entrar em contato com a Caixa para validar novos prazos

Beneficiários do Minha Casa Minha Vida ganham novos prazos de pagamento. Nessa semana, a Caixa Econômica Federal informou que estará prorrogando o tempo de suspensão das parcelas do MCMV. De acordo com a instituição, os cadastrados nas faixas 1,5, 2 e 3 terão suas cobranças nulas por um período de até seis meses. A decisão deverá contemplar cerca de 2,4 milhões de mutuários, que já solicitaram uma pausa prévia.  

Minha Casa Minha Vida adia prazo para pagamento das parcelas do financiamento (Imagem: Reprodução - Google)
Minha Casa Minha Vida adia prazo para pagamento das parcelas do financiamento (Imagem: Reprodução – Google)

Com a chegada da pandemia do novo coronavírus, a Caixa Econômica precisou reformular uma série de ações para garantir a segurança financeira dos seus clientes.

No caso dos cadastros do Minha Casa Minha Vida, a solução encontrada foi suspender, temporariamente, as cobranças do financiamento.  

princípio, o projeto ficaria sem receber recursos dos beneficiários por dois meses, depois o tempo foi ampliado para quatro meses e agora está em seis meses.

O novo prazo começará a valer a partir da próxima segunda-feira (26), garantindo assim uma paralisação até o fim do mês de setembro, ou seja, o pagamento só voltará a ser feito em outubro.  

Novas solicitações pelo MCMV  

No caso dos cadastrados que ainda não tinham aderido à proposta, o prazo de suspensão será de 180 dias. Para isso, é preciso entrar em contato com a Caixa pelas suas centrais de atendimento e informar o interesse em paralisar o pagamento. 

A solicitação também pode ser feita pelos aplicativos de habitação da Caixa ou pelo portal eletrônico da instituição.  

Impactos do novo coronavírus e processos de suspensão  

A Caixa informou que a decisão de conceder ainda mais prazos para o pagamento dos financiamentos via MCMV tem como finalidade diminuir o número de inadimplência tendo em vista a crise economia que circunda o país.  

Minha Casa Minha Vida adia prazo para pagamento das parcelas do financiamento (Imagem: Reprodução – Google)

Com as parcelas suspensas, a instituição espera que os cadastrados consigam reorganizar e levantar novos recursos para poder assim retomarem suas transações financeiras.  

“Estender a pausa é mais uma medida importante do banco no suporte ao planejamento das famílias brasileiras nesse período de pandemia e à retomada da economia”, afirma o presidente do banco, Pedro Guimarães. 

O gestor reforçou ainda que, enquanto as parcelas estiverem suspensas, é importante lembrar que o contrato não ficará isento da incidência de juros remuneratórios, seguros e taxas. Os acréscimos deverão ser aplicados no saldo devedor e diluídos mediante a prestação das novas parcelas.  

Sobre o Minha Casa Minha Vida  

Trata-se do maior programa habitacional do governo federal. Ele é destinado para os brasileiros que desejam realizar o sonho da casa própria, mas não têm recursos financeiros o suficiente para comprar o imóvel de uma única vez.  

Seu financiamento é determinado de acordo com o valor total de renda dos cadastrados, sendo a grande maioria pessoas com um saldo mensal inferior a R$ 1.800 (faixa 1). Para esse grupo, o projeto custeia mais de 75% do valor total do bem.  

Confira as faixas de financiamento do MCMV 

Famílias com renda de até R$ 1.800,00: 

Faixa 1 – Financiamento de até 120 meses, com prestações mensais que variam de R$ 80,00 a R$ 270,00, conforme a renda bruta familiar.  

Famílias com renda de até R$ 2.600,00: 

Faixa 1,5: Financiamento com 5% de taxa de juros, prazo dentro de um prazo de até 30 anos, com um valor total de R$ 47,5 mil. 

Famílias com renda de até R$ 4.000,00: 

Faixa 2: Destinada para pessoas com renda bruta de até R$ 4.000,00, ofertando subsídios de até R$ 29.000,00. 

Famílias com renda de até R$ 7.000,00: 

Faixa 3: Destinada para pessoas com renda bruta de até R$ 7.000,00, fornecendo taxas de juros inferiores aos valores em circulação no mercado. 

Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.