Nem mesmo uma das maiores pandemias do mundo será capaz de paralisar a evolução econômica da China. Considerado um dos países mais afetados pelo novo coronavírus, a região divulgou as estatísticas de seu PIB e mostrou um crescimento de 1% para este ano. De acordo com o balanço liberado na última quarta-feira (15), para 2021 a expectativa é que seu produto interno bruto cresça em 8,2%.
As projeções foram realizadas através do Fundo Monetário Internacional (FMI). De acordo com os números, o PIB da China apresentou uma alta de 11,5% somente nesse primeiro trimestre, ficando 3,2% mais evoluído em comparação ao ano passado.
Segundo os analistas, o principal motivo de tamanha recuperação foi o fomento do minério de ferro, utilizado como principal estratégia para minimizar os efeitos econômicos da pandemia.
China se recupera do covid-19
Depois de passar por um período intenso de isolamento social, o governo da China desenvolveu um projeto, intitulado de Nova Infraestrutura, tendo como base atividades ligadas a área de tecnologia 5G, data centers e inteligência artificial.
Além disso, antecipou sua recuperação financeira por meio da realização dos programas de sistemas de transportes por meio de trilhos.
Dessa forma, somente em junho, a importação de minério de ferro foi superior a 101 milhões de toneladas, o que valida um crescimento de 35,25% na comparação anual.
Por fim, as siderúrgicas também colaboraram para o resultado das estatísticas positivas, fazendo com que o país permanecesse sendo considerado o maior produtor mundial de aço.
“Se a China consome o aço que produz e sobra pouco excedente para exportação, o preço sobe, o que favorece CSN, Usiminas e Gerdau”, explicou Bruno Lima, analista de renda variável da Exame Research.
Lima reforça ainda que, com a produção do aço o governo chinês precisará ampliar também seus projetos ferroviários ou baixar o valor do produto. “Em algum momento, eles não vão precisar construir ferrovia ou ponte porque já vão ter feito. Então, vão esperar o preço cair para retomar o ciclo”.
“Com a melhora de condição de vida na China, há uma mudança de patamar do consumo de carne, que ainda tem bastante espaço para crescer”, finalizou o especialista.