BC divulga prévia animadora do PIB para o mês de maio

Depois de uma queda acentuada no mês de abril, a economia do Brasil voltou a crescer no mês de maio, de acordo com informações divulgadas ontem (14) pelo Banco Central. O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica) que é tido como “prévia” do PIB (Produto Interno Bruto) mostrou um crescimento de 1.31% no mês de maio quando comparado a abril.

BC divulga prévia animadora do PIB para o mês de maio
BC divulga prévia animadora do PIB para o mês de maio (Reprodução Google)

O número foi obtido após ajuste sazonal, um tipo de “compensação” para comparar períodos distintos.

Segundo o Banco Central, essa foi a maior alta do indicador registrada desde junho de 2018, momento em que a economia voltou a registrar alta após a greve dos caminhoneiros. Na ocasião, a expansão atingiu 3,30%.

Já era previsto um crescimento no indicador no mês de maio, quando a produção da industria expandiu 7%. Já no comércio varejista, o indicador também cresceu bastante no mês. A exceção de crescimento ficou para o setor de serviços que teve queda, mesmo que menor que a registrada em abril.

Os dados do IBC-Br, em 2020, representam os impactos da pandemia do coronavírus, que atingiu em cheio a economia nos meses de março e posteriores. Apesar do crescimento em maio, a economia ainda não se recuperou do tombo registrado nos meses anteriores.

No mês de março, inicio do impacto do coronavírus na economia, o IBC-Br já havia registrado encolhimento de 6,14% na comparação com fevereiro. Em abril, o recuo de 9,45% (número revisado) foi o mais alto desde o início da série histórica do BC, no ano de 2003.

PiB X IBC-Br

Os dados do IBC-Br são tratados como uma “prévia do PIB“. Mas, nem sempre ficaram perto dos dados oficiais do Produto Interno Bruto.

O cálculo dos dois é um pouco distinto. O indicador do BC engloba as estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, e também dos impostos.

O IBC-Br é uma das bases utilizadas pelo Banco Central no momento de definir a taxa básica de juros do país. Devido ao menor crescimento da economia, teoricamente teria uma menor pressão inflacionária, por exemplo.

Neste momento, a taxa Selic está em 2,25% ao ano, na mínima histórica, e o Banco Central indicou, no comunicado da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que um “eventual ajuste futuro no atual grau de estímulo monetário será residual”.

Paulo AmorimPaulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.