Auxílio emergencial pode ser pago em DOBRO para mulheres vítimas de violência

Em meio a pandemia, índice de violência doméstica aumenta e governo federal anuncia medidas de proteção. Nessa quinta-feira (09), a Câmara dos Deputados recebeu um projeto de lei que tem como finalidade prorrogar o pagamento de R$ 1.200 mensais, por meio do auxílio emergencial, para as mulheres agredidas em suas casas. O benefício deverá ser ofertado nos mesmos moldes do coronavoucher e precisa ainda ser aceito no Senado.  

Auxílio emergencial pode ser pago em DOBRO para mulheres vítimas de violência (Imagem: Reprodução - Google)
Auxílio emergencial pode ser pago em DOBRO para mulheres vítimas de violência (Imagem: Reprodução – Google)

De acordo com o texto da proposta, as vítimas cadastradas no auxílio emergencial terão acesso ao seu valor em dobro. Desse modo, a parcela mensal que deveria ser de R$ 600, passará a ser de R$ 1.200.  

Além disso, o projeto solicita também uma série de medidas protetivas. Entre elas, ficou determinado o afastamento do agressor, de modo que possa garantir a integridade física e psicológica da mulher. Uma vez em que for detectada uma situação de risco, ela será encaminhada para um centro de atendimento ou casas de abrigo especializadas. 

Há ainda a possibilidade de custear alugueis de casas ou quartos para garantir a moradia longe do agressor. Nesse caso, a Câmara ainda deverá avaliar os valores que poderão ser reembolsados para custear a ação.  

Proteção das mulheres durante a pandemia 

Foi avaliado também na Câmara um outro projeto de lei destinado para as vítimas de agressão doméstica. De acordo com a proposta, a agredida e seus dependentes deveram ser acolhidos e isolados durante um período de 15 dias, em um local sigiloso, com segurança e atendimento psicológico.  

Além disso, o governo terá que custear também o transporte da casa da vítima até o local onde residirá temporariamente e esse serviço deverá ser feito apenas por mulheres. A verão será enviada para o Senado e deverá ser validada ao longo dos próximos dias.  

Números da violência doméstica na pandemia 

De acordo com dados levantados pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMDH), a quantidade de denúncias de violência contra a mulher cresceu em 40% durante os últimos três meses. Em março, no início da quarentena, as ligações para o centro de apoio eram de 18%, agora em julho estão em cerca de 53%.  

Eduarda AndradeEduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.