Durante a crise de Covid-19, diversas medidas têm surgido para minimizar os impactos financeiros trazidos aos brasileiros. Pensando nisso, o Banco Central (BC) vai permitir que os brasileiros usem o financiamento imobiliário como garantia para a obtenção de mais um empréstimo bancário.
Em resumo, a ideia é que os cidadãos possam financiar as parcelas já pagas aos bancos e assim possam conseguir mais crédito.
“Quem tem um imóvel e já pagou parte desse imóvel vai conseguir pegar parte do que já foi pago de volta”, anunciou o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
O anúncio ocorreu no último dia 23, terça-feira, e tem como intuito facilitar o acesso ao crédito para os brasileiros. Nesse período de pandemia, tem sido difícil conseguir qualquer tipo de empréstimo e ajuda financeira.
Basicamente, o crédito vai funcionar da seguinte maneira: o indivíduo financiou um imóvel no valor de R$ 200 mil e já quitou R$ 150 mil do total, nesse caso, ele poderá refinanciar o valor já pago e pode utilizar da maneira que preferir. Vale ressaltar que as taxas de juros serão as mesmas utilizadas no financiamento do imóvel.
Campos Neto explicou que refinanciar o valor do imóvel vai sair mais barato em relação a solicitação de um novo empréstimo. Segundo ele, um empréstimo pessoal tem taxas médias de até 250% ao ano hoje em dia. Já os financiamentos costumam ter juros muito menores, normalmente de 9% a 9,5% ao ano.
Para ficar mais simples, é como se o consumidor pedisse de volta o dinheiro que já pagou pelo bem comprado.
“Você vai ter a oportunidade de ir ao banco e dizer que, dos R$ 400 mil que já pagou, quer pegar R$ 200 mil de volta, como se estivesse repactuando o contrato. E nossa regra faz com que a taxa tenha que ser a mesma. Vale a mesma garantia e a mesma taxa. Então, a diferença é entre pegar um empréstimo de 250% ou de 9% ao ano”, explicou Neto durante o anúncio.
O Banco Central acredita que após essa medida, serão liberados cerca de R$ 60 bilhões em crédito aos brasileiros. Porém, a medida ainda não foi regulamentada pelo governo e por isso é preciso aguardar novas informações.